Acessar o conteúdo principal
Armas nucleares

China, Índia e Paquistão aumentaram arsenal nuclear em 2012

Três países que possuem a bomba atômica, China, Índia e Paquistão, aumentaram o seu arsenal nuclear, enquanto os cinco restantes o reduziram ou o mantiveram estável, segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês). Ao mesmo tempo, os gastos mundiais com armamentos diminuíram pela primeira vez desde 1998.

O presidente chinês, Xi Jinping, comanda o país que mais elevou o arsenal nuclear em 2012.
O presidente chinês, Xi Jinping, comanda o país que mais elevou o arsenal nuclear em 2012. REUTERS/Yohsuke Mizuno/Pool
Publicidade

A China possui atualmente 250 ogivas nucleares, contra 240 em 2012. O Paquistão tem entre 100 e 120, contra de 90 a 110 no ano passado, e a Índia passou de 80 a 100 ogivas em 2012 para de 90 a 110 atualmente, conforme o estudo. O instituto avalia que esta corrida armamentista é particularmente preocupante porque a paz é considerada "frágil" na Ásia, região que registra uma "tensão crescente desde 2008" entre a Índia e o Paquistão, entre as duas Coreias ou entre a China e o Japão.

Na via oposta, os países que reduziram o seu arsenal são signatários do tratado de desarmamento nuclear START, a Rússia, com atualmente 8,5 mil ogivas, e os Estados Unidos, com 7,7 mil. A França (300 ogivas), o Reino Unido (225) e Israel (80) mantiveram o mesmo arsenal do ano passado.

O Sipri admite que os números são estimativas, mais ou menos confiáveis conforme os países envolvidos. A China, por exemplo, mantém o sigilo completo sobre o assunto, enquanto a Rússia é cada vez menos transparente. O instituto presume que a Coreia do Norte e o Irã ainda não conseguiram fabricar armas atômicas.

Para o centro de pesquisas sueco, a diminuição quantitativa do armamento não é sinônimo de redução da ameaça nuclear. “Os programas de modernização que estão em curso a longo prazo nestes países mostram que as armas nucleares são hoje uma marca de status internacional e poder”, declarou o coordenador da pesquisa, Shannon Kile, por comunicado.

No que diz respeito às armas químicas e biológicas, a redução dos estoques progrediu pouco, avalia o Sipri. Os Estados Unidos e a Rússia não destruíram todas as armas químicas que possuem em 2012, ao contrário do que haviam prometido, e a Síria declarou estar pronta para utilizá-las se sofresse um ataque internacional.

Ao mesmo tempo, sublinha o relatório, os gastos mundiais com armamentos diminuíram pela primeira vez desde 1998: houve uma redução de 0,5%, considerando-se a inflação. A China ocupa agora o quinto lugar no ranking dos maiores exportadores de armas, desbancando o Reino Unido e atrás dos Estados Unidos, da Rússia, da Alemanha e da França.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.