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Índia/Estupro

Acusado do estupro coletivo de estudante na Índia se suicida na prisão

Um dos acusados de participar do estupro coletivo de uma estudante na Índia em dezembro, caso que provocou uma comoção mundial no ano passado, foi encontrado morto nesta segunda-feira em sua cela em Nova Déli, depois de um "erro" da segurança, de acordo com declarações do ministro do Interior.

A mãe e o pai de Ram Singh choram após sua morte em uma prisão de Nova Délhi, na Índia.
A mãe e o pai de Ram Singh choram após sua morte em uma prisão de Nova Délhi, na Índia. REUTERS/Mansi Thapliyal
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O anúncio da morte de Ram Singh, 34 anos, suscitou a revolta da família da vítima, que morreu depois da agressão ocorrida dentro de um ônibus. "Trata-se de um erro maior na segurança, certamente não se trata apenas de um pequeno incidente. Medidas importantes serão tomadas", disse o ministro do Interior , Sushilkumar Shinde , durante uma coletiva de imprensa em Nova Déli.

Segundo as autoridades penintenciárias, o detento teria se enforcado. O corpo de Singh foi encontrado à 0H15 em sua cela, onde ele vivia sozinho. De acordo com os policiais, ele teria feito uma corda com suas roupas, montado em um banco e se enforcado no teto.

De acordo com o pai da estudante, a morte do acusado mostra a negligência das autoridades, que privaram a família do direito à Justiça. "Não entendemos como a polícia pôde falhar na proteção de Ram Singh, que tinha uma longa ficha na polícia, e já tinha sido acusado de homicídio, sequestro e estupro. Eles sabiam que ele era o principal acusado da morte de minha filha", disse o pai, que não pode revelar a identidade em razão do segredo de Justiça.

A mãe da estudante morta também confessou estar chocada com a notícia. "Eu só queria Justiça para minha filha. O principal acusado está morto. Será que foi a culpa que o matou ?" disse. Ram Singh dirigia o ônibus no momento em que a vítima foi atacada, em 16 de dezembro. Ela estava acompanhada do namorado e voltava do cinema.

Singh, que era motorista de ônibus, e um grupo de amigos, tinham emprestado o veículo para dar uma volta à noite em Nova Déli. O grupo, formado por cinco pessoas, espancou o companheiro da estudante, e em seguida a violentou, bateu e torturou com uma barra de ferro, antes de jogar o casal na calçada. Transferida para um hospital de Cingapura depois de diversas operações na Índia, ela não resistiu aos ferimentos e morreu .
 

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