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Egito/Governo

Dez novos ministros tomam posse no Egito reforçando a maioria islâmica

O presidente do Egito, Mohamed Mursi, deu posse hoje a dez novos ministros que integrarão a equipe de governo temporariamente até a realização de eleições legislativas em maio. O partido da Irmandade Muçulmana, do presidente Mursi, ganhou mais espaço no governo, com mais quatro ministros nomeados em pastas importantes, como a das Finanças.

O pregão da Bolsa de Valores do Cairo atravessa momentos de tensão com a crise financeira no país.
O pregão da Bolsa de Valores do Cairo atravessa momentos de tensão com a crise financeira no país. REUTERS
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Atravessando uma grave crise financeira, o Egito negocia um empréstimo de US$ 4,8 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O ministro das Finanças Momtaz al-Said, que até então negociava a ajuda financeira com o FMI, foi substituído por Al-Mursi Al-Sayed Hegazy, um universitário especialista em finança islâmica e próximo da Irmandade Muçulmana. Said perdeu o cargo porque os islamitas o consideravam um antigo aliado dos militares que asseguraram o poder no país após a queda de Hosni Mubarak.

O ministério do Interior também trocou de mãos e passou para o general Mohamed Ibrahim, que era adjunto do ministro Ahmed Gamaleddine, agora encarregado da administração penitenciária. Gamaleddine foi afastado por sua falta de firmeza no combate aos distúrbios que acompanharam o referendo sobre a nova Constituição, realizado em dezembro.

Os outros oito ministérios que mudaram de titular são Transportes, Energia, Desenvolvimento Regional, Aviação Civil, Meio Ambiente, Abastecimento, Comunicações e Relações com o Parlamento.

Ajuda do FMI

O Egito viu na semana passada seu nível de reservas internacionais cair de US$ 36 bilhões para US$ 15 bilhões, um patamar considerado crítico pelo Banco Central. O país sofre com o aumento do déficit público, provocado em parte pela queda das atividades no setor do turismo, após dois anos de crise política, e a desvalorização da moeda nacional (libra egípcia).

Nesta segunda-feira, o diretor do FMI para a região do Oriente Médio chega ao Cairo para discutir as dificuldades econômicos do país com as autoridades locais. O FMI não exclui "um possível apoio financeiro" ao Egito.

 

 

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