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Egito/oposição

Manifestantes voltam a cercar palácio presidencial no Cairo

Milhares de manifestantes voltaram a cercar nesta sexta-feira o palácio presidencial no Cairo, em protesto contra o projeto da nova Constituição do pais e a um decreto que impede qualquer contestação na Justiça das decisões do chefe de estado, Mohammed Mursi. Os opositores recusaram a proposta de diálogo do presidente. Diante do aumento da tensão, o local esta sob proteção das forças armadas egípcias.

Manifestação em frente ao palácio presidencial no Egito
Manifestação em frente ao palácio presidencial no Egito REUTERS/Mohamed Abd El Ghany
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A crise política no Egito atinge o ápice, e a oposição, formada por uma coalizão de partidos liberais e de esquerda, se recusa a negociar com o chefe de estado egípcio. "A oferta do presidente não fornece as bases para um verdadeiro diáogo", estimam os representantes da coalizão dirigida pelo ex-prêmio Nobel da Paz, Mohammed El Baradei, em um comunicado.

A manifestação de hoje, batizada de “sexta-feira do cartão vermelho”, reúne milhares de pessoas diante do palácio de Ittihadya, em Héliopolis, no subúrbio do Cairo. O local se transformou no ‘epicentro’ dos protestos no últimos dias. Milhares de pessoas sairam às ruas com cartazes e gritando slogans contra o governo. Foram registradas manifestações na praça Tahir, em Hurghada, e em Qena. Em Alexandria, a maior cidade do norte do pais, também goi palco de brigas entre pro e anti- Mursi.

Os opositores pedem a revogação do decreto aprovado no dia 22 de novembro, que confere amplos poderes ao chefe de estado egípcio, e estipula a data do referendo sobre a Constituição do país para o dia 15 de dezembro. Eles também exigem que os partidários da Irmandade Muçulmana, legenda do presidente, sejam julgados pela morte de alguns manifestantes durante os protestos na praça Tahir. 

Na quinta-feira, os protestos deixaram sete mortos e centenas de feridos na noite de quarta para quinta-feira. Houve confronto entre opositores e partidários do presidente, que se enfrentaram com paus e pedras, e coquetéis Molotov. Em um discurso nesta quinta-feira à noite, Mursi disse que vai manter o decreto, e fez um apelo para uma negociação com os opositores a partir de sábado.

Alemanha pede fim da violência

Neste sábado, o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westernelle, pediu nesta sexta-feira pelo fim da violência no Cairo. "Fazemos um apelo para a moderação e o diálogo a todas as forças egípcias. A revolução no Egito está em perigo. A dinâmica positiva ocasionada pelas mudanças poderia esvanecer", estimou o ministro em um comunicado. "A violência de quinta-feira não deve ser reproduzida."

 

 

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