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Israel/Territórios

Israel testa trégua com morte de palestino e novas detenções

No segundo dia da trégua entre Israel e os grupos armados da Faixa de Gaza, o governo israelense mantém a pressão sobre o movimento islâmico palestino. Soldados isralenses prenderam hoje 28 palestinos na Cisjordânia, entre eles cinco deputados do Hamas. Ontem, 55 palestinos tinham sido detidos "por atividade terrorista" numa campanha lançada pelo Exército hebreu no território controlado pela outra grande facção palestina, o Fatah.

Grupo de palestinos vai até a cerca de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza para cantar vitória aos soldados israelenses.
Grupo de palestinos vai até a cerca de segurança entre Israel e a Faixa de Gaza para cantar vitória aos soldados israelenses. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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A detenção de palestinos para interrogatório é um recurso frequente empregado pelo Exército de Israel. Segundo o Clube dos Prisioneiros de Ramalá, na Cisjordânia, na última semana mais de 250 palestinos foram detidos por soldados israelenses "para vingar" os ataques dos grupos armados em Gaza.

Durante a ofensiva Pilar Defensivo, suspensa com a trégua assinada há dois dias, moradores da Cisjordânia fizeram várias manifestações, algumas delas violentas, de apoio aos habitantes da Faixa de Gaza. Na quarta-feira, dia em que a trégua foi assinada, 70 pessoas ficaram feridas em enfrentamentos com soldados israelenses em Hebron e Ramalá.

Cessar-fogo à prova

No primeiro incidente relevante desde o início do cessar-fogo, o Exército israelense matou a tiros na manhã de hoje um palestino no sul da Faixa de Gaza, na localidade de Khouzaa. Outras 19 pessoas, que faziam parte de um grupo de agricultores, foram feridas pelos disparos.

Segundo testemunhas, os soldados atiraram a partir de um posto de observação localizado do outro lado da fronteira. O Exército de Israel alegou que cerca de 300 pessoas se aproximaram e danificaram a cerca de segurança entre os dois territórios, provocando a reação dos soldados. Um porta-voz militar reconheceu que os soldados atiraram nas pernas dos agricultores, depois que eles não reagiram aos tiros de advertência para se afastar do local.

Um porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que os disparos visaram diretamente agricultores que voltavam para suas terras depois de abandoná-las devido aos bombardeios na semana passada. Esta é a primeira violação israelense da trégua, afirmou o porta-voz do Hamas, acrescentando que o movimento radical islâmico vai "consultar o mediador egípcio para obter garantias de que isso não vai se repetir".

O palestino morto foi identificado pelas equipes médicas de Gaza como sendo Anouar Abdelhadi Qdeih, de 21 anos.

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