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Israel/Palestina

Israel mobiliza 75 mil reservistas para possível operação em Gaza

Diante do aumento das hostilidades na Faixa de Gaza, o governo israelense mobilizou 75 mil soldados reservistas. Os homens podem ser convocados a qualquer momento para uma possível ofensiva terrestre contra os palestinos. A comunidade internacional se preocupa e secretário-geral da ONU prevê visitar a região em breve.

Jovem palestino é preso pela polícia israelense ao tentar protestar contra os ataques em Jerusalém.
Jovem palestino é preso pela polícia israelense ao tentar protestar contra os ataques em Jerusalém. REUTERS/Ammar Awad
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Em um anúncio feito na televisão na noite dessa sexta-feira, o governo israelense confirmou ter autorizado a mobilização de 75 mil reservistas par uma possível operação contra os grupos armados palestinos na Faixa de Gaza após disparos nos arredores de Jerusalém e na região de Tel Aviv. A medida não significa uma convocação imediata dos soldados, mas os homens podem ser chamados a qualquer momento se uma ofensiva terrestre for lançada. As estradas que cercam a região foram bloqueadas pelo exército durante a noite, reforçando o temor de um ataque do gênero em breve. 

Pelo menos 29 palestinos e três israelenses já morreram desde a retomada dos confrontos entre as duas partes há três dias. A comunidade internacional está cada vez mais apreensiva diante da hipótese de uma ofensiva terrestre da parte de Israel. O presidente norte-americano Barack Obama e o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan se disseram preocupados com os riscos para os civis dos dois lados.

Centenas de foguetes foram lançados tanto pelos grupos armados palestinos como por Israel. Nessa sexta-feira Tel Aviv foi novamente alvo de mísseis. A capital econômica do país não havia sido atacada desde a primeira Guerra do Golfo, nos anos 1990.

Hezbollah comemora ataque contra Tel Aviv

A capacidade dos grupos armados palestinos lançarem mísseis contra Israel representa um avanço significativo no conflito com o Estado hebreu, afirmou o líder do Hezbollah libanês. "O lançamento do foguetes Fajr 5 sobre Tel Aviv demonstra a maturidade, a sabedoria e a força, bem como a coragem da resistência palestina na Faixa de Gaza", estimou Hassan Nasrallah em um discurso.

Aliado do Irã e da Síria, o líder do movimento xiita libanês fez um apelo para que os dirigentes árabes “deixem de lado suas divergências sobre a questão síria e façam um esforço para parar a agressão contra a Faixa de Gaza e proteger seu povo". Para Nasrallah, a única coisa que pode mudar a situação é que a Liga Árabe e a Organização para Cooperação Islâmica usem a "arma do petróleo" para forçar os Estados Unidos a fazer pressão sobre Israel. "Não é apenas a batalha de Gaza, mas uma batalha na qual estamos todos implicados", defendeu o líder xiita.

Várias manifestações de apoio aos palestinos foram organizadas nessa sexta-feira no Egito, Turquia, Síria, Tunísia, Grécia e Argélia. 

Israel começou a bombardear Gaza na quarta-feira, num ataque que matou o comandante militar do Hamas. Os grupos armados palestinos reagiram imediatamente dando inícia à escalada de violência. 

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