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Japão/Nuclear

Tepco admite ter minimizado risco de tsunami na central de Fukushima

A companhia de eletricidade japonesa Tepco, responsável pela exploração da central nuclear de Fukushima, reconheceu pela primeira vez nesta sexta-feira ter minimizado o risco de tsunami pelo receio de ser obrigada a fechar suas instalações para melhorar as condições de segurança.

Funcionários da Tepco trabalhando na retirada de detritos na centra de Fukushima, em 18 de julho de 2012.
Funcionários da Tepco trabalhando na retirada de detritos na centra de Fukushima, em 18 de julho de 2012. Reuters/Tokyo Electric Power Co
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“Existia um medo latente de um fechamento até que medidas draconianas de segurança fossem adotadas”, indicou a Tokyo letric Power (Tepco) em um relatório intitulado “ Política fundamental para a reforma do dispositivo nuclear da Tepco”, divulgado um ano e meio após o acidente.

O relatório de 32 páginas indica que antes mesmo do tsnunami gigante de março de 2011 que atingiu a central nuclear, a empresa sabia que os sistemas de defesa e proteção eram insuficientes. No entanto, a empresa não agiu, provavelmente por receio dos custos que poderia representar.

“Havia essa preocupação de que se novas e severas medidas fossem impostas, a segurança de todas as centrais existentes se tornaria um assunto de inquietação” e poderia “ dar mais munição ao movimento antinuclear”, diz o relatório.

Após o terremoto de 9 na escala Richter seguido do tsunami, o acidente de Fukushima, o pior desde a catástrofe de Tchernobyl (Ucrânia), em 1986, provocou importantes emissões radioativas no ar, na água e no solo da região de Fukushima, situada a 220 km ao nordeste de Tóquio. Milhares de pessoas tiveram que deixar suas casas.

As autoridades japonesas anunciaram em meados de setembro que o país deve deixar progressivamente as atividades nucleares num prazo de 30 anos.
 

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