75 países concentram 98% da mortalidade materna e infantil
98% da mortalidade materna e infantil se concentra em 75 países onde ela caiu de maneira espetacular entre 1990 e 2011, mas a situação se degrada em certas nações africanas e no Haiti, no Azerbaijão e no Turcomenistão, segundo dados da ONU divulgados nesta quarta-feira.
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De acordo com o primeiro relatório do grupo de exame independente da saúde da mulher e da criança criado pelo secretário-geral da ONU, o número de mortes de crianças de menos de 5 anos passou de 11,6 milhões em 1990 para 7,2 milhões em 2011.
Já o número de mortes de mães caiu de 409.053 em 1990 a 273.465 em 2011, segundo os dados publicados pela revista médica britânica Lancet.
A cada ano, 3,07 milhões de mortes acontecem durante o período neonatal, dos quais 1,08 milhões devido a complicações em consequência de um nascimento prematuro e 720 mil a complicações no momento do parto.
As principais causas evitáveis de morte pós-neonatal são a pneumonia (1,07 milhões de mortes por ano), a diarreia (750 mil) e a malária (560 mil).
O relatório revela que os progressos se aceleraram em países como a China, o Egito, o Marrocos e o Peru, e "parecem estar se acelerando" em outros, como Afeganistão, Angola, Burundi, Camboja, Congo e Madagascar. Em compensação, a situação "piorou" no Azerbaijão, no Botswana, no Burkina Faso, em Haiti, no Lesoto e no Turcomenistão.
A mortalidade materna e infantil afeta principalmente a África subsaariana e as jovens de 15 a 19 anos, que são vítimas de um quarto dos abortos praticados em más condições de segurança.
O grupo de exame aponta ainda que os recursos disponíveis para melhorar a situação dos 75 países prioritários são insuficientes, com um déficit de financiamento avaliado em US$ 64 milhões.
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