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Síria/crise

Ocidentais e Liga Árabe discutem reforço de sanções contra Síria

Sem perspectiva para o  fim do conflito entre o governo de Bashar Al-Assad e seus opositores, um grupo de 60 países e representantes da Liga Árabe se reuniram na Holanda para reforçar e melhorar a coordenação de sanções contra o regime. Os rebeldes sírios afirmaram ter abatido nesta quinta-feira um helicóptero das forças governamentais que caiu na periferia de Damasco. Segundo o governo, a queda foi provocada pelo choque com a cauda de um avião de passageiros que pousou sem problemas no aeroporto da capital.

Um helicóptero militar caiu na capital síria, Damasco, nesta quinta-feira (20)
Um helicóptero militar caiu na capital síria, Damasco, nesta quinta-feira (20) REUTERS/Khaled al-Hariri
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Citando informações de militantes na Síria, o observatório sírio de Direitos Humanos afirma que o helicóptero que caiu nos arredores de Damasco foi abatido por combatentes rebeldes perto de Duma, distante 13 quilômetros a nordeste da capital. Explosões foram ouvidas no local no período da manhã.

A televisão estatal síria informou que a queda do aparelho foi provocada por um acidente aéreo envolvendo o helicóptero que teria tocado sua hélice na cauda de um avião da companhia Syrian Airlines que transportava 200 passageiros. A torre do aeroporto de Damasco afirmou que o avião pousou sem incidente com todos os passageiros são e salvos.

A rede de tevê também anunciou que as forças sírias cercam o bairro de Yarmouk, onde vivem principalmente refugiados, e já detiveram 100 pessoas. Segundo moradores, tanques do exército bloqueiam todos os acessos ao bairro. Nos últimos dias, os opositores ao regime decidiram se refugiar no local que é pobre e densamente povoado e que serve principalmente de campo de refugiados para os palestinos.

Desde o início da revolta contra Al –Assad, os opositores anunciaram ter abatidos vários helicópteros do exército sírio ou aviões que bombardeavam regularmente redutos dos insurgentes.

O Conselho Nacional Sírio, principal coalizão da oposição, indicou que helicópteros bombardearam na quinta-feira o bairro de Hajar al-Aswad, no sul, declarado área “devastada”, assim como os bairros Qadam, Assali e Tadaloun, após dois meses de confrontos e intensos ataques.

O Conselho voltou a fazer novo apelo de ajuda da comunidade internacional após considerar que “a resposta ao que acontece na mais antiga capital do mundo (Damasco) é totalmente insuficiente”.

Durante a abertura de um reunião em Haia do grupo de trabalho “ Amigos da Síria”, que reúne representantes de 60 países e da Liga Árabe, o chanceler holandês Uri Rosenthal defendeu a necessidade de adotar uma ação firme para “fazer a diferença” em relação ao regime de Damasco.

“O regime e seus parceiros tentam evitar as sanções, então devemos trabalhar em conjunto com parceiros públicos e privados, com troca de informações”, defendeu o ministro das Relações Exteriores da Holanda. Especialistas do setor financeiro participaram da reunião para discutir com diplomatas as possibilidades de reforço nas sanções econômicas, como o congelamento de bens.

Entre as sanções já adotadas pela União Europeia e pela Liga Árabe estão o embargo sobre o petróleo sírio, armas, sanções financeiras e proibição de viagens para responsáveis pelo regime, o presidente Bashar Al-Assad e seus familiares.

Para o chanceler holandês, além dos embargos e das sanções financeiras,é importante impedir o regime sírio de controlar a internet, usada para identificar e prender opositores e também jornalistas.
 

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