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Islã/Protestos

Ataque ao consulado teve participação estrangeira, diz governo líbio

O presidente da Assembleia Nacional da Líbia, Mohamed al-Megaryef, disse hoje que o ataque ao consulado americano a Benghazi teve participação estrangeira. A rede Al Qaida não reinvindicou diretamente a ação, mas diz que ela vinga um de seus líderes morto recentemente. O ataque resultou na morte de quatro funcionários, incluindo o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens.  

Protestos em frente à embaixada americana em Túnis, na Tunísia.
Protestos em frente à embaixada americana em Túnis, na Tunísia. REUTERS/Zoubeir Souissi
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O ataque, que ocorreu em protesto à divulgação de um filme divulgado no You Tube sobre Maomé, desecandeou uma série de violentas manifestações na Tunísia, no Sudão, no Líbano, no Egito, no Marrocos e na Argélia, deixando, no total, onze mortos e centenas de feridos. Segundo o presidente da Assembleia Nacional da Líbia, Mohamed al-Megaryef, que citou um relatório do serviço secreto, estrangeiros estariam usando o território líbio para "executar projetos" de atentados. Ele também afirmou que o ataque "foi minuciosamente planejado."

Em um comunicado, a rede terrorista Al Qaida no Iêmen afirma que o ataque ao consulado é uma vingança contra a morte do número 2 da organização, Abou Yahya al-Libi, assassinado no Paquistão, mas não reinvindica diretamente o ataque. Na segunda-feira, véspera do aniversário dos atentados de 11 de setembro de 2001, o chefe da Al Qaidan Ayman Al-Zawahiri, divulgou um vídeo confirmando a morte de al-Libi.

Neste sábado, em seu discurso semanal, o presidente americano Barack Obama pediu à população que não se deixasse "desencorajar" pelas imagens da série de ataques antiamericanos no mundo muçulmano. "Não podemos nos esquecer que há milhões de pessoas que aspiram à liberdade, à dignidade e à esperança que representa nossa bandeira", declarou. As manifestações que tomaram conta do mundo árabe nesta semana visaram as embaixadas americanas. Segundo Obama, o governo entrou com contato com líderes dos países em questão para "reforçar a cooperação e ressaltar que cada país tem sua responsabilidade para nos ajudar a proteger os cidadãos americano."

Suposto autor de filme comparece à delegacia

O suposto autor do filme que critica Maomé e desencadeou a série de protestos no mundo árabe foi levado para a delegacia neste sábado em Los Angeles, segundo a polícia. Nakoula Besseley Nakoula foi trazido de carro de sua casa em Cerritos, na Califórnia, por volta da meia-noite. A polícia não confirmou se houve interrogatório, mas aparentemente o comparecimento foi apenas um procedimento de rotina. O objetivo da polícia era confirmar se Nakoula havia desrespeitado as condições de sua liberdade condicional. Em fevereiro de 2009, ele foi indiciado por uma fraude bancária de pequeno porte, e em 1997, por posse de drogas.

O filme de Nakoula, "Innocence of Muslims", divulgado no site You Tube, foi criticado na quinta-feira pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton. Segundo ela, o filme tem o objetivo de "denigrir uma religião e despertar o ódio."  Ela também pediu aos governos e líderes religiosos que estabelecessem limites para a violência. Neste sábado, centenas de pessoas manifestaram contra o filme na Indonésia, mas sem violência. Por precaução, a polícia italiana também reforçou a fiscalização de representações americanas, alemãs e britânicas.
 

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