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Síria/Violência

Anistia Internacional denuncia violência contra civis em Aleppo

Em um relatório divulgado nessa quinta-feira, a Anistia Internacional denuncia a violência extrema contra civis em Aleppo, na Síria. A ONG também critica a falta de ação da comunidade internacional sobre a situação síria. A ofensiva das forças do regime contra os rebeldes continua na segunda maior cidade do país, mas também na capital Damasco.

Soldado do exército livre sírio ajuda senhora a atravessar a rua durante fuga em Aleppo, nesta imagem do dia 12 de agosto.
Soldado do exército livre sírio ajuda senhora a atravessar a rua durante fuga em Aleppo, nesta imagem do dia 12 de agosto. REUTERS/Goran Tomasevic
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Uma equipe da Anistia Internacional esteve em Aleppo durante dez dias no início de agosto e constatou que em cerca de 30 ataques, mais de 80 civis não envolvidos diretamente no conflito foram mortos. Na maior parte dos casos, segundo a organização, as vítimas foram atingidas quando faziam fila para comprar pão ou estavam em locais supostamente seguros contra os bombardeios. “Os civis são submetidos a um nível terrível de violência”, alerta Donatella Rovera, que participou da missão da Anistia em Aleppo.

O relatório também cita violências de parte dos rebeldes que, assim como o Exército regular, têm multiplicado as execuções sumárias. Segundo a organização, vários “corpos, principalmente de rapazes, algemados e assassinados com um tiro na cabeça, foram encontrados nas redondezas da sede dos serviços de aviação controlados pelas forças do governo”.

A anistia também critica a falta de ação do resto do mundo diante da situação. “É uma vergonha que a comunidade internacional continue dividida sobre a Síria (...) enquanto os civis pagam o preço” do conflito, ressalta o comunicado da ONG.

Novos ataques

Na manhã dessa quinta-feira três bairros de Aleppo foram bombardeados novamente. Em algumas regiões, os disparos foram registrados com intervalos de apenas cinco minutos. A violência também toma conta do bairro de Daraïa, na periferia de Damasco. Os ataques acontecem um dia após a retirada dos rebeldes, forçados a deixar a região pelo exército. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, desde que o conflito começou, em março do ano passado, mais de 23 mil pessoas foram mortas.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, conversou na quarta-feira por telefone com o presidente norte-americano Barack Obama sobre o assunto. Segundo um comunicado do governo britânico, os dois líderes insistiram que a simples ameaça de utilização de armas químicas pelo regime sírio seria inaceitável e geraria uma revisão dos esforços diplomáticos atuais.

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