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Síria/ Conflito

Exército sírio lança ofensiva decisiva contra rebeldes em Aleppo

O exército sírio lança uma ofensiva terrestre contra a cidade de Aleppo, capital econômica do país, na manhã desta quarta-feira. Tanques entram no bairro de Salaheddine, foco da resistência das forças rebeldes, de acordo com informações das autoridades de segurança em Damasco.

Vários bairros de Aleppo se encontram completamente destruídos após confrontos desta terça-feira com as forças de Bashar el-Assad.
Vários bairros de Aleppo se encontram completamente destruídos após confrontos desta terça-feira com as forças de Bashar el-Assad. REUTERS/Obeida Al Naimi
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Segundo informações da agência de notícias Reuters, os rebeldes foram obrigados a abandonar suas posições de combate nessa zona. “O exército avança para cortar Salaheddine em dois. A retomada do bairro vai demorar pouco, mesmo se ainda restam alguns focos de resistência”, revelou essa mesma fonte de segurança síria à agência de notícias France Presse.

A batalha considerada como “decisiva” vinha sendo preparada há quase duas semanas. Cerca de 20 mil homens do exército de Bashar Al-Assad foram deslocados para a cidade, que é a segunda maior do país. Estima-se que os insurgentes possuam entre 6 mil e 8 mil homens no local.

A ofensiva militar acontece um dia depois do presidente sírio ter mostrado que não pretende ceder, prometendo limpar o país dos "terroristas". Há mais de 16 meses, as forças do regime e os insurgentes se enfrentam em um confronto, que já provocou a morte de pelo menos 20 mil pessoas, segundo os dados do Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Crimes contra civis

O OSDH afirma que as forças do regime mantêm uma ofensiva violenta contra vários bairros, que vem sendo denunciada também pela Anistia Internacional. Ao analisar imagens de satélites, a ONG afirma que os militares usam artilharia pesada em bairros residenciais. Segundo a Anistia Internacional, mais de 600 crateras formadas pelo impacto do lançamento de morteiros podem ser identificadas em Aleppo e na cidade vizinha de Anadan.

Em um comunicado, a organização alertou que todos os ataques estão sendo documentados para que os responsáveis pelos crimes contra civis possam ser julgados. Ela também alertou as duas partes do conflito para que respeitam as leis humanitárias internacionais, que proíbem o recurso a táticas e armas que não façam distinção entre alvos civis e militares.

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