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Curiosity/Marte

Robô Curiosity vai investigar existência de vida em Marte

O jipe-robô Curiosity aterrissou com sucesso nesta segunda-feira, às 05h32, em Marte, segundo o Jet Propulsion, laboratório da Nasa, na Califórnia, encarregado do projeto. Segundo os cientistas, o sucesso da missão abre a possibilidade de investigar a existência de alguma forma de vida no planeta.

Imagens feitas pela TV Nasa da aterrissagem do robô Curiosity em Marte
Imagens feitas pela TV Nasa da aterrissagem do robô Curiosity em Marte Foto: Nasa/Reprodução
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Esta é a quinta vez que a Nasa envia um robô para explorar o solo marciano desde 1976, mas o feito já está sendo comparado nas redes sociais à chegada do homem à Lua, em 1969. No momento em que a aterrissagem foi confirmada, houve uma explosão de alegria na sala de apoio da missão, considerada como uma das mais complexas já executadas pela Nasa. "É um grande dia para a nação, um grande dia para nossos parceiros e para o povo americano", disse Charles Bolden, administrados da Nasa. Em um comunicado, o presidente americano Barack Obama declarou que o evento se trata de um "feito tecnológico sem precedentes."

05:37

Ouça a entrevista com Ramon de Paula, executivo do Programa de Marte da Nasa

Taíssa Stivanin

Nos próximos dois anos, a principal função do jipe-robô Curiosity, que ganhou uma conta no Twitter, será a de detectar se já existiu algum tipo de vida em solo marciano. As primeiras fotos coloridas do planeta podem chegar à base da missão ainda nesta semana. O equipamento pesa 900 kg, tem o tamanho de um carro, e 17 câmeras acopladas, situadas a cerca de dois metros do solo. O robô, que é alimentado por um gerador nuclear, vai furar os rochedos de Marte, recolher amostras, e analisar a sua composição no laboratório que possui a bordo, segundo o engenheiro da missão, Randii Wessen. "Este é certamente um grande passo em relação a todas as informações que já pudemos ter sobre Marte", declarou. Um dos objetivos é detectar a presença de carbono orgânico, um dos indícios de vida fóssil. É possível que os cientistas possam, desta forma, descobrir se o planeta já tenha sido habitado por alguma forma de vida.

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Pierre Bousquet, diretor de projetos da Agência Francesa do Espaço

Antes de iniciar sua exploração em solo marciano, o robô deverá verificar se todos os equipamentos estão funcionando corretamente. Esse procedimento deverá demorar vários dias. Um dos instrumentos que já foi testado com sucesso é a câmera ChemCam, de fabricação francesa. Trata-se de um telescópio concebido pelo Irap (Instituto de Pesquisa em Astrofísica).

Os primeiros dados devem estar disponíveis em no mínimo dez dias, segundo Pierre Bousquet, diretor de projetos do CNES, a Agência Francesa do Espaço. ‘’Ele é capaz de identificar as características de todo tipo de material de maneira muito rápida. É um ganho operacional importante em relação às missões precedentes’’, declarou. Segundo ele, dentro de três meses, os franceses vão assegurar o controle e a programação dos equipamentos. A 'terceirização', diz Bousquet, é algo inédito em projetos partilhados entre os dois países.
 

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