Ban Ki-moon diz que ONU deve aprender com genocídio bósnio
Em visita Srebrenica, na Bósnia, nesta quinta-feira o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu à união da comunidade internacional para por fim ao massacre na Síria. Após depositar flores no memorial de Potocari, construído em homenagem às cerca de 8 mil pessoas de origem muçulmana mortas na cidade em julho de 1995, durante a guerra da Bósnia, ele reconheceu o fracasso da ação do órgão para proteger os civis e impedir o ocorrido.
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O diplomata quer que o genocídio de Srebrenica sirva de exemplo para impedir novos conflitos no mundo. "A comunidade internacional deve estar unida" e parar de tolerar "que o massacre sírio continue. Eu não quero ver um de meus sucessores, em uma visita a Síria daqui a 20 anos, se desculpando pelo que poderíamos fazer agora para proteger os civis sírios e que não fizemos", disse a imprensa.
Diante de sobrevivente e parentes das vítimas do massacre bósnio, considerado a maior atrocidade cometida em solo europeu após a Segunda Guerra, o mais alto representante da ONU fez um apelo para que os dirigentes internacionais não esperem mais e ajam para por fim ao conflito armado sírio.
Além de participar da cerimônia em homenagem às vítimas, Ban kim-moon encontrou sobreviventes membros do Movimento de Mães de Srebrenica e Zepa, que exigem que membros da ONU respondam juridicamente pelo genocídio para que haja justiça. Na época dos assassinatos em massa, a região havia sido declara "zona de proteção das Nações Unidas" e os capacetes azuis ocupavam o local.
Depois de anos de clandestinidade, chefes políticos e militares sérvios e bósnios responsáveis pelo massacre, Radovan Karadzic e Ratko Mladic, estão sendo julgados pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia.
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