Ministro da Defesa e cunhado do presidente da Síria são mortos em atentado
Um atentado com explosivos na manhã de hoje contra a sede dos serviços de segurança sírios, na capital do país, Damasco, deixou várias autoridades feridas. A TV estatal síria informou que o ministro da Defesa, general Daoud Rajha, morreu no ataque, além do cunhado do presidente.
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O atentado-suicida, reivindicado pelos rebeldes, foi realizado por um kamikaze, munido de um cinto com explosivos. Segundo a agência Reuters, o kamikaze seria um guarda-costas, próximo ao líder sírio. Daoud Rajha, ministro da Defesa foi morto na explosão, além do seu vice-ministro e cunhado do presidente Bachar al-Assad, Assef Shawkat. Ele estava no ministério desde 2005. Outra vítima fatal é o chefe da célula de crise da Síria, considerado um braço direito do presidente. O ministro do Interior, Mohammad Ibrahim al-Chaar, e o general Hicham Ikhtiar, que dirige a Segurança Nacional, também feridos na explosão, foram levados para o hospital. Ikhtiar faz parte das pessoas sancionadas pela União Européia e já tinha sido visado por um outro atentado em maio de 2011.
"Isso significa que o regime esta perdendo o controle" (Samir Al Shami, líder da União da juventude síria)
Esse atentado significa que os rebeldes começam a atacar o prinicipal centro de resistência do regime de Bachar al-Assad. A batalha pela liberação de Damasco, lançada no último domingo pelos rebeldes, se intensifica no centro da capital. O Exército da Síria utiliza helicópteros para atacar posições rebeldes na capital.
De acordo com a televisão estatal, outros ministros e responsáveis do alto escalão da segurança da Síria foram feridos no ataque. O ministro da Defesa, Daoud Rajha e outras autoridades estavam reunidos no prédio da Segurança Nacional da cidade, considerado de segurança máxima e situado no bairro de Rawda, centro da capital.
O regime do presidente Bashar al-Assad imediatamente reagiu ao ataque e se diz determinado a "fazer uma limpeza " no país contra os terroristas. Fahd Al-Freij foi nomeado novo ministro da Defesa. O emissário especial da ONU para a crise síria, Kofi annan pediu o adiamento da votação na ONU, prevista para esta quarta-feira, sobre uma possível resolução dos ocidentais contra o governo da Síria. A Rússia declarou que não permitirá a adoção de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU. Segundo Moscou, a decisão poderia significar que a ONU apóia a revolução na Síria.
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