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Síria / Violências

Irã reafirma apoio a plano de Annan para a Síria

O Irã reafirmou nesta terça-feira seu apoio total ao plano do emissário internacional Kofi Annan para tentar colocar um fim à crise síria, avaliando que ele deve ser levado "até o fim" para restabelecer a estabilidade na região, segundo declarações do ministro iraniano das Relações Exteriores, Ali Akbar Salehi, logo após uma reunião com o emissário da ONU e da Liga Árabe.

O enviado especial da ONU, Kofi Annan, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em Damasco.
O enviado especial da ONU, Kofi Annan, durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, em Damasco. REUTERS/Khaled al-Hariri
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Kofi Annan foi a Teerã para discutir sobre a questão síria, depois de um encontro nesta segunda-feira em Damasco com o presidente Bashar al-Assad e uma reunião do Grupo de Ação sobre a Síria, que regrupou no final de junho em Genebra os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, vários países representando a Liga Árabe e a Turquia.

O emissário internacional expressou novamente nesta terça-feira seu desejo de que o Irã seja associado à busca por uma solução na Síria, o que os ocidentais e a oposição síria recusaram até agora, acusando Teerã de dar apoio militar ao regime de Damasco, do qual é o principal aliado.

"Há um risco de vermos a crise síria sair do controle e se estender à região, enfatizou Annan durante uma breve entrevista coletiva de imprensa junto com o ministro iraniano. Nesse contexto, "o Irã pode ter um papel positivo", reafirmou, indicando que continuaria "a trabalhar" com os dirigentes iranianos.

Ali Akbar Salehi afirmou por sua vez que "o Irã faz parte da solução" para a crise síria, criticando sem citar nomes os países ocidentais e árabes que excluíram Teerã dessas negociações e elogiando a "imparcialidade" de Kofi Annan.

O emissário internacional também afirmou que suas discussões na segunda-feira com o presidente Assad resultaram em "sugestões para reduzir a violência nas regiões onde ela é mais forte".

Antes de deixar Teerã, Kofi Annan ainda deve se encontrar com o secretário do Conselho supremo da segurança nacional iraniana, Saïd Jalili.

Rússia

A Rússia, que recebe nesta semana representates da oposição síria, fez um apelo nesta terça-feira por uma nova reunião do Grupo de Ação sobre a Síria.

No dia 30 de junho, os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia, França e Reino Unido), a Turquia e representantes da Liga Árabe haviam chegado a um acordo em Genebra sobre os princípios de uma transição na Síria, onde a revolta contra o regime de Bashar al-Assad se tornou um conflito armado.

Depois dessa reunião, os membros do Grupo de Ação sobre a Síria divergiram sobre a interpretação desse acordo obtido na Suíça. Os Estados Unidos avaliam que ele abre o caminho para a era pós-Assad, enquanto a Rússia e a China, aliadas do presidente sírio, reafirmam que são os sírios que devem decidir sobre o próprio futuro.

O vice-ministro russo das Relações Exteriores, Mikhaïl Bogdanov, declarou à agência de notícias Interfax que as discussões com os representantes da oposição síria se concentrarão na maneira de colocar em prática o plano do emissário internacional Kofi Annan para permitir uma transição política na Síria.

Abdel Basset Sayda, novo chefe do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal coalizão da oposição síria no exterior, é esperado nesta quarta-feira na capital russa, após a conferência dos Amigos da Síria realizada na semana passada em Paris, boicotada pela Rússia e pela China.

Ao receber um dos chefes da oposição ao regime de Damasco, Michel Kilo, Moscou preconizou nesta segunda-feira uma solução "pacífica" na Síria, rejeitando novamente "qualquer ingerência".

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