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China/Censura/Dissidentes

China aumenta cerco a dissidentes com novas prisões após fuga de Guangcheng

A polícia secreta chinesa deteve novamente um conhecido ativista dos direitos humanos, Hu Jia, famoso por sua luta em defesa das vítimas da Aids e defensor do meio ambiente. Ele foi levado de casa neste sábado, conforme informou sua mulher, por ser  amigo do advogado cego Chen Guangcheng, que conseguiu escapar da prisão domiciliar na semana passada e estaria refugiado na embaixada dos Estados Unidos.

Imagem enviada à agência Reuters mostra Guangcheng (esq.) e Hu Jia sorrindo durante encontro em Pequim. A imagem foi feita depois da fuga do advogado, domingo passado.
Imagem enviada à agência Reuters mostra Guangcheng (esq.) e Hu Jia sorrindo durante encontro em Pequim. A imagem foi feita depois da fuga do advogado, domingo passado.
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Em Pequim, circulam rumores de que familiares de Guangcheng também foram detidos, assim como a ativista He Peirong, que teria ajudado na fuga do advogado.

A mulher de Hu Jia, Zeng Jinyan, contou pelo Twitter que policiais estiveram na casa do casal em busca de remédios depois de levá-lo para uma delegacia na zona leste de Pequim, onde ele está sendo interrogado. Na tarde de sábado, Hu Jia tinha declarado à agência AFP que acreditava que seu amigo Chen estava na embaixada americana em Pequim. Zeng Jinyan também foi convocada para interrogatório.

Recentemente, Hu Jia passou três anos na prisão acusado de subversão pelo regime comunista. Ele foi libertado em junho do ano passado. Nicolas Bequelin, da ONG Human Rights Watch, acha que dificilmente o opositor será liberado até que se resolva o caso de Chen Guangcheng.

No domingo passado, o advogado engajado na luta contra a esterilização abusiva de mulheres e abortos forçados conseguiu escapar da vigilância dos seguranças e fugiu para a embaixada americana, segundo a ONG China Aid, baseada nos Estados Unidos. Chen vivia em regime de prisão domiciliar há dois anos. A mulher do ativista e seu filho de seis anos ficaram em casa.

As circunstâncias dessa fuga espetacular ainda são confusas, mas criaram constrangimento ao regime comunista e abriram uma crise diplomática entre a China e os Estados Unidos na véspera de uma visita da secretária de Estado americana, Hillary Clinton, e do secretário do Tesouro, Timothy Geithner, nos dias 3 e 4 de maio a Pequim.

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