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Síria/Violência

Atentados fazem ao menos 44 mortos em Damasco, diz Síria

A explosão de dois carros-bomba diante de escritórios dos serviços de inteligência sírios na manhã desta sexta-feira deixou também cerca de 166 feridos, segundo o ministério das Relações Exteriores. Os atentados aconteceram no momento em que a missão da Liga Árabe para preparar a ida de observadores estrangeiros começava suas discussões com as autoridades sírias.

Passantes observam um prédio danificado após a explosão de um carro-bomba na manhã desta sexta-feira em Damasco.
Passantes observam um prédio danificado após a explosão de um carro-bomba na manhã desta sexta-feira em Damasco. REUTERS
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O vice-ministro das Relações Exteriores, Fayçal Meqdad, declarou que os atentados eram "um presente do terrorismo e de Al-Qaeda" no primeiro dia da visita dos observadores árabes, mas garantiu que o governo sírio vai "facilitar ao máximo a missão da Liga Árabe".

"O terrorismo quis que o primeiro dia dos observadores em Damasco fosse trágico, mas o povo sírio vai enfrentar máquina mortal apoiada pelos europeus, pelos americanos e por certos árabes", acrescentou.

O chefe da missão que prepara a chegada dos observadores árabes, Samir Seif al-Yazal, apresentou suas condolências às famílias das vítimas. "Vamos continuar nosso trabalho. O que aconteceu é lamentável, e é importante que as coisas se acalmem", disse ele.

A televisão pública síria informou que a maioria das vítimas eram civis e mostrou pessoas transportando corpos queimados ou mutilados.

Segundo testemunhas, as duas explosões aconteceram no bairro de Kafar Soussé. Um carro-bomba tentou forçar a entrada na sede da Direção geral da segurança, o mais importante serviço de inteligência civil do país. Um outro explodiu diante de um prédio dos serviços de segurança

Esses atentados, sem precedentes desde a guerra entre o presidente Hafez al-Assad e a Irmandade Muçulmana nos anos 80, coincidem com a chegada a Damasco de uma missão da Liga Árabe encarregada de preparar o trabalho de observadores estrangeiros no país.

Os atentados não fizeram com que a repressão da contestação pelas forças do regime diminuísse. Segundo o Observatório sírio dos direitos humanos, seis civis foram mortos e outros sete feridos em bairros rebeldes de Homs, principal centro da contestação ao regime do presidente Bashar al-Assad.

O braço libanês do Hezbollah, aliado do regime sírio, acusou os Estados Unidos de estarem por trás dos atentados suicidas em Damasco, assim como dos ataques de ontem em Bagdá. O poderoso partido armado xiita é apoiado pela Síria e pelo Irã.

Já o presidente libanês Michel Sleimane denunciou que os ataques visam entravar o acordo concluído entre a Síria e a Liga Árabe.

 

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