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Costa do Marfim

TPI acusa Laurent Gbagbo de crimes contra a humanidade

O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo foi transferido nesta madrugada para o centro de detenção da Tribunal Penal Internacional em Haia na Holanda. Ele é acusado de quatro crimes contra a humanidade, incluindo assassinatos, estupros e atos de perseguição contra a população civil entre 16 de dezembro de 2010 e 12 abril 2011.

O avião que transportava Laurent Gbagbo em sua chegada ao aeroporto de Rotterdam na Holanda.
O avião que transportava Laurent Gbagbo em sua chegada ao aeroporto de Rotterdam na Holanda. REUTERS/Robin van Lonkhuijsen
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Na interpretação do Tribunal Penal Inetrnacional, Laurent Gbagbo pode ser considerado “co-autor indireto” dos atos de violência que se alastraram pela Costa do Marfim após a divulgação do resultado da eleição presidencial. No cargo desde 2000, Gbagbo recusou-se a ceder o poder ao seu rival eleito Alassane Ouattara. Em represália aos partidários de Ouattara, uma ofensiva foi lançada e 3 mil pessoas morreram, segundo estimativas de organizações humanitárias.

“Há motivos razoáveis para acreditar que, após as eleições presidenciais na Costa do Marfim, forças pró-Gbagbo atacaram civis em Abidjan e no oeste do país”, escreveram os juízes do TPI. “[As forças pró-Gbagbo] atacou civil pensando se tratarem de partidários de Alassane Ouattara. Os ataques também foram dirigidos contra comunidades étnicas e religiosas específicas”, informa o TPI.

O procurador do Tribunal, Luis Moreno-Ocampo, disse que a prisão do ex-presidente marfinense é apenas “um começo e afirmou hoje que outros responsáveis do antigo regime da Costa do Marfim também terão que prestar contas diante da Justiça Internacional. Para o TPI, a detenção de Gbagbo em Haia é a melhor maneira de assegurar um julgamento justo e impedir que ele use “seu poder político e financeiros” para impedir a investigação dos crimes.

O porta voz do ex-presidente, Justin Koné Katina, contesta a prisão de Gbagbo e as acusações do TPI. “Vemos hoje a vitória da corrupção e de tramóias em detrimento do Estado”, declarou por telefone de seu exílio em Gana.
 

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