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G20/Cannes

França defende taxa sobre transação financeira e felicita o “apoio” do Brasil

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, confirmou nesta quinta-feira a intenção de criar uma taxa mundial sobre transações financeiras e felicitou o “apoio” sinalizado pelo Brasil à criação do imposto durante a reunião de cúpula dos chefes de Estado e de governo do G20. O líder francês também voltou a afirmar que o protecionismo não é a solução para a crise mundial.

Sarkozy voltou a afirmar que o protecionismo não é a solução para a crise mundial.
Sarkozy voltou a afirmar que o protecionismo não é a solução para a crise mundial. Reuters
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Ana Carolina Dani, enviada especial a Cannes

Os líderes das maiores economias mundiais encerraram nesta quinta-feira o primeiro dia da cúpula do G20, em Cannes. No final das reuniões, o presidente francês Nicolas Sarkozy deu uma breve coletiva à imprensa, na qual citou a posição do Brasil e da Argentina, que teriam indicado que não se opõem à criação da taxa mundial sobre transações financeiras, mas salientou que não há consenso sobre o assunto. Ele diz que vai criar um grupo de trabalho para estudar a criação do imposto.

Em seu segundo pronunciamento durante a cúpula, a presidente brasileira Dilma Rousseff disse que não vai se opor à taxa, desde que haja consenso entre os países do G20 para a criação do “Piso de Proteção Social”, proposto pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). A ideia do piso é uma espécie de renda mínima universal, garantindo o pagamento de um benefício básico para famílias com crianças. A OIT vem discutindo com governos e instituições a criação do piso, mas a proposta somente deve ser oficialmente apresentada para discussão junto à organização no ano que vem.

Em seu pronunciamento, Dilma citou o exemplo do Brasil e disse que a inclusão de 40 milhões de pessoas na classe média não foi somente um dispositivo moral, mas também uma questão de eficiência econômica. Ela também sobrevoou o tema da manipulação cambial. Sem mencionar explicitamente a China ou os Estados Unidos, a presidente afirmou que a atual crise econômica provoca “problemas cambiais e ampliação de liquidez, que afeta países como o Brasil”.

Situação grega

Durante seu discurso, Nicolas Sarkozy  também voltou a afirmar que o protecionismo não é a solução para a crise mundial, e defendeu a linha dura adotada no G20 em relação à Grécia. Segundo ele, é normal que França e Alemanha, as duas maiores economias europeias, saiam em defesa do euro e da Europa. “O euro é o coração da Europa. Não podemos aceitar a explosão do euro, que seria também a explosão da Europa”, afirmou o líder francês, ao comentar as dúvidas e incertezas sobre a permanência da Grécia na zona do euro.

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