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Ucrânia/Justiça

Justiça ucraniana decide manter a ex-premiê na cadeia

A justiça decidiu manter presa a ex-primeira-ministra da Ucrânia e líder da oposição, Iúlia Timochenko, apesar dos protestos da opinião pública. Acusada de abuso de poder, a musa da “revolução laranja” de 2004 diz ser vítima de perseguição política. Ela pode pegar até dez anos de prisão.

Manifestantes acampam diante do tribunal de Kiev pedindo a libertação de Iúlia Timochenko.
Manifestantes acampam diante do tribunal de Kiev pedindo a libertação de Iúlia Timochenko. Reuters
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O juiz de Kiev recusou pela terceira vez consecutiva nesta segunda-feira o pedido de liberação da ex-primeira-ministra da Ucrânia. Iúlia Timochenko está presa desde sexta-feira, quando acusou o atual chefe do governo, Mykola Azarov, que depunha contra ela, de corrupção. Desde então, seus advogados tentam tirá-la da prisão para que ela possa prosseguir em liberdade o processo no qual é acusada de abuso de poder quando era primeira-ministra da Ucrânia, em 2009.

A ex-chefe do governo, conhecida por suas tranças louras, guardou o penteado durante a audiência nesta segunda-feira. A musa da chamada “revolução laranja” de 2004, que resultou na vitória o ex-presidente Viktor Yushchenko, enfrentou o juiz. “Eu não vou me levantar, pois seria como me ajoelhar diante da máfia”, disse ela no início da sessão.

Os Estados Unidos e a União Européia contestaram a prisão de Iúlia Timochenko. Mas as maiores críticas vieram da opinião pública ucraniana. Centenas de pessoas manifestaram diante do tribunal e alguns tentaram impedir a passagem do carro que a levava de volta para a cadeia. Até mesmo o patriarca da igreja ortodóxa ucraniana enviou uma carta ao juiz pedindo a liberação da ex-primeira-minstra.

Iúlia Timochenko está sendo julgada desde o final de junho por abuso de poder. Ela é acusada de ter autorizado em 2009, sem a aprovação do governo, a assinatura de contratos de importação de gás russo beneficiando o país vizinho. A ex-chefe do governo rejeita todas as acusações e diz ser vítima de perseguição política. Ela pode pegar entre sete e dez anos de prisão.
 

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