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Egito/Faixa de Gaza

Egito reabre fronteira com a Faixa de Gaza, fechada desde 2007

O governo egípcio reabriu permanentemente neste sábado a fronteira com a Faixa de Gaza, controlada pelo grupo radical Hamas. Pela primeira vez em 4 anos, os palestinos puderam circular livremente pela passagem fronteiriça de Rafah. A medida foi elogiada pelas autoridades palestinas e criticada por Israel.

Policial palestino verifica passaportes após a abertura da passagem de Rafah, neste sábado 28 de maio.
Policial palestino verifica passaportes após a abertura da passagem de Rafah, neste sábado 28 de maio. REUTERS/Suhaib Salem
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A reabertura da fronteira com a Faixa de Gaza visa aliviar o bloqueio imposto por Israel ao território palestino há cinco anos, justificaram as autoridades egípcias. A passagem de Rafah ficará aberta todos os dias, de 9h da manhã às 17h, exceto às sextas-feiras e feriados.

As mulheres e os homens de menos de 18 anos ou mais de 40 anos poderão circular livremente. Os homens com idade entre 18 e 40 anos deverão obter um visto para atravessar a fronteira. A circulação de mercadorias continua proibida no local.

Assim que a fronteira foi reaberta esta manhã, um ônibus com 50 passageiros e duas ambulâncias transportando doentes foram os primeiros a cruzar a passagem de Rafah em direção ao Egito. Centenas de pessoas já estavam no local, aguardando o momento para atravessar a fronteira, felizes em poder sair da Faixa de Gaza primeira vez em 4 anos.

A reabertura da fronteira, fechada em junho de 2007 depois que o grupo Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza, foi anunciada em abril após o acordo de reconciliação interpalestina, entre os grupos Fatah e Hamas, mediado pelo Egito. Desde que o presidente Hosni Moubarack deixou o poder pressionado pela revolta popular, o novo governo do Egito começou a abrandar o fechamento da passagem de Rafah que só era aberta excepcionalmente por razões humanitárias.

O vice-ministro das Relações Exteriores do Hamas, Ghazi Hamad, saudou a decisão positiva das autoridades egípcias “resultado das mudanças políticas no país e do acordo de reconciliação interpalestina”. Israel mostrou preocupação com a reabertura. “Sem um controle eficaz, armas e terroristas iranianos e da Al Qaeda poderão entrar na Faixa de Gaza", afirmou o ministro do Desenvolvimento Regional israelense, Sylvan Shalom.

 

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