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Iêmen

Forças de segurança voltam a abrir fogo contra manifestantes no Iêmen

Mais de 30 pessoas ficaram feridas neste sábado, após as forças de segurança e simpatizantes do governo terem atirado contra manifestantes em Taez, no sul do Iêmen. Segundo fontes médicas e testemunhas, pelo menos uma pessoa teria sido morta. Milhares de pessoas foram às ruas em Taez, segunda maior cidade iemenita, para voltar a pedir a saída do presidente Ali Abdallah Saleh, há quase 33 anos no poder. Na véspera, o ditador recusou um apelo norte-americano para deixar o poder imediatamente.

Manifestação contra o regime do presidente Saleh, em Taez (11/05/11).
Manifestação contra o regime do presidente Saleh, em Taez (11/05/11). REUTERS/Khaled Abdullah
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A oposição a Saleh convocou uma greve geral neste sábado em Taez e grande parte do comércio não abriu as portas. A paralisação foi menor na capital Sanaa. Milhares de pessoas foram às ruas em Taez, que se transformou em um dos principais focos de contestação no país. Num primeiro incidente, simpatizantes de Saleh, unidades policiais e soldados da guarda republicana, dirigida pelo filho do presidente, abriram fogo contra os manifestantes. Segundo fontes médicas, 16 pessoas foram baleadas, uma delas gravemente. Outras 15 pessoas foram feridas horas antes, em uma outra passeata.

O líder do Conselho de Cooperação do Golfo, Abdullatif al-Zayani, retornou a Sanaa para uma nova tentativa para convencer a oposição a assinar um acordo que tiraria Saleh da presidência em 30 dias, de acordo com fontes políticas. O acordo do conselho prevê a formação de um governo de unidade nacional e a transferência do poder para o vice-presidente, num esforço para acabar com a onda de violência que assola o país há três meses.

Na região central do Iêmen, pelo menos seis soldados foram mortos e um ficou ferido em um ataque neste sábado a um posto de vigilância, segundo uma fonte policial. O ataque ocorreu na cidade de Radda, na província de Bayda. Na sexta-feira, outros sete soldados iemenitas foram mortos em duas emboscadas.

A repressão no Iêmen já provocou cerca de 180 vítimas fatais desde fevereiro, de acordo com levantamentos de ativistas e fontes hospitalares.
 

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