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Japão/Acidente Nuclear

Moradores da região de Fukushima retornam a suas casas por 2 horas

A empresa Tepco, que administra a usina nuclear de Fukushima, pediu oficialmente ajuda ao governo do Japão para enfrentar a crise provocada pela tragédia de 11 de março passado. Pela primeira vez depois da catástrofe nuclear, moradores puderam voltar a suas casas para recuperar objetos pessoais.

Moradores da cidade de Kawauchi voltam a suas casas de ônibus, usando trajes de proteção.
Moradores da cidade de Kawauchi voltam a suas casas de ônibus, usando trajes de proteção. Reuters
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Dois meses depois de deixar suas casas às pressas, largando tudo para trás, cerca de 100 moradores de Kawauchi, uma cidade pequena situada a menos de 20 km da usina de Fukushima, puderam passar duas horas em casa para recuperar documentos e objetos pessoais. Todos vestiam roupas de proteção e medidores de radiação nuclear.

O grupo recebeu instruções para só recuperar o que cabia dentro de um saco especialmente distribuído pelas autoridades japonesas. Animais, alimentos e líquidos não puderam ser transportados. Como a região abriga pequenas propriedades rurais, alguns moradores lamentaram não poder alimentar seus animais de estimação e de criação, abandonados logo após o acidente nuclear provocado pelo terremoto e o tsunami de 11 de março passado.

O grupo foi transportado num ônibus fretado. Algumas pessoas reconheceram estar ansiosas, apesar de o governo japonês ter dado garantias de que não havia risco para a saúde. Depois da visita, os moradores de Kawauchi passaram por examens para checar o nível de radiação.

Tepco pede ajuda financeira

Nesta terça-feira, a Tepco, operadora da central de Fukushima, pediu oficialmente ajuda financeira ao Estado japonês para fazer face às despesas geradas com o acidente.

Em uma carta endereçada ao ministro da Economia, Banri Kaieda, o presidente da Tepco, Masataka Shimizu, afirma que conseguiu até agora evitar cortes no abastecimento de energia, mas a situação tende a piorar. A empresa precisa investir R$ 20 bilhões em centrais termoelétricas, a fim de compensar o fechamento de dez reatores na região de Fukushima. A Tepco também tem um rombo em seu orçamento no exercício 2011-2012 de R$ 15 bilhões.
 

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