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Iêmen/ Protestos

Motoqueiro atira contra manifestantes no Iêmen

O homem atirou contra um campo instalado pelos manifestantes na cidade de Houdeida no Iêmen, durante a oração da manhã. Uma pessoa morreu. Nessa terça-feira, pelo menos cinco pessoas foram mortas pela policia durante manifestações contra o regime.  Por Karina Hermesindo, correspondente da RFI em Abu Dhabi

Soldados do presidente Saleh bloqueiam uma manifestação em Taez
Soldados do presidente Saleh bloqueiam uma manifestação em Taez REUTERS/Khaled Abdullah
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A polícia disparou bombas de gás lacrimogênio e atirou contra manifestantes na capital Sanaa e em Taiz para reprimir os protestos contra o regime do presidente Ali Abdullah Saleh, nessa terça-feira.

Os confrontos aconteceram pouco antes da reunião de ministros de relações exteriores do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), em Abu Dhabi, com representantes do governo do Iêmen. O objetivo principal do encontro era negociar uma transição de poder e com isso acabar com as revoltas populares no país que começaram há mais de dois meses e deixaram mais de 125 mortos. Esta é a quarta vez que o Conselho, formado por Bahrein, Qatar, Emirados Árabes, Arábia Saudita, Omã e Kuwait, se reúne em duas semanas.

A proposta apresentada pelos paises ricos do Golfo é que o atual presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, ceda imediatamente o poder ao vice-presidente, Mansur Hadi. O presidente iemenita se recusa, alegando temer uma guerra civil caso ele deixe o poder. Saleh também quer a garantia de imunidade tanto para ele como para sua família. A oposição do país se recusa a negociar essa proposta. 

No domingo, representantes da oposição do Iêmen se encontraram com os ministros do CCG em Ryad, capital da Arábia Saudita. Durante o encontro, além da saída imediata do presidente, eles também pediram a criação de uma oposição nacional, que se encarregaria de redigir uma constituição e organizar eleições diretas. 

Também na terça, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu pela primeira vez para debater a situação do Iêmen sem chegar a um acordo sobre uma declaração comum. Alguns diplomatas expressaram preocupação com a repressão crescente do regime iemenita. A embaixatriz dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, expressou seu apoio à mediação do CCG. 

A crise no Iêmen começou em fevereiro, desde então o pais está praticamente paralisado. O presidente Saleh, que esta no poder há trinta e três anos, é acusado de corrupção. Única república da região, o Iêmen é o país mais pobre do Golfo com 35% da população desempregada. Diante desse quadro, os jovens acabam sendo presas fáceis para a organização terrorista Al Qaeda, que vem ganhando terreno no Iêmen.

 

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