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JAPAO/CRISE NUCLEAR

Técnicos da usina nuclear de Fukushima interrompem vazamento radioativo

A empresa Tepco, que administra a central nuclear de Fukushima, no Japão, conseguiu interromper o vazamento de água altamente radioativa para o oceano Pacífico. Mas, agora, a preocupação é outra. Pela segunda vez em dez dias, os técnicos da usina encontraram pequenas quantidades de plutônio em quatro áreas da usina.

Imagem de uma fissura próxima do reator n°2 da usina nuclear de Fukushima.
Imagem de uma fissura próxima do reator n°2 da usina nuclear de Fukushima. REUTERS/Tokyo Electric Power (TEPCO)
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Segundo a Tepco, a mesma quantidade de plutônio 238, 239 e 240 detectada em amostras colhidas nos dias 21 e 22 de março foi encontrada em novos fragmentos recolhidos nos dias 25 e 28 de março. Da primeira vez, os técnicos da Tepco encontraram o plutônio em cinco locais da usina. Desta vez, a substância foi identificada em quatro áreas, sendo que três delas são as mesmas da primeira ocorrência. A Tepco afirma que as quantidades de plutônio são tão ínfimas que não representam perigo à saúde humana. Na semana passada, a companhia havia dito que o plutônio descoberto na usina nuclear de Fukushima tinha a mesma concentração das quantidades encontradas no ar, no Japão, após testes nucleares.

Nesta quarta-feira, a empresa anunciou que deverá injetar nitrogênio no reator número 1 da usina para evitar uma possível explosão devido à grande concentração de hidrogênio no local. Especialistas que trabalham na central temem que o acúmulo de hidrogênio possa provocar uma explosão pelo contato com o oxigênio no ar. Explosões de hidrogênio já provocaram grandes danos na parte externa de dois dos seis reatores de Fukushima, mas sem comprometer o interior da instalação. O nitrogênio é um gás inerte, ou seja, que não é reativo, e é bastante usado para baixar a taxa de oxigênio no ar.

Terremoto provocou deslocamento de 2,4 metros

A placa tectônica continental, onde foi identificado o epicentro do terremoto de 11 de março no Japão, se deslocou com o violento tremor de intensidade 9 na escala Richter. Uma rachadura existente na região, no fundo do oceano Pacífico, se alargou de 24 metros com o forte tremor de terra. Esse deslocamento foi localizado 130 km ao largo do arquipélago e é, segundo cientistas japoneses, quatro vezes maior do que o movimento ocorrido perto da península de Oshika, onde o solo se deslocou de 5,3 metros.

Segundo o Instituto Americano de Geologia USGS, a principal ilha do arquipélago japonês sofreu um deslocamento de 2,4 metros em virtude do mais grave terremoto dos últimos 140 anos no Japão.

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