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ONU/Relatório Goldstone

Israel pede anulação de relatório que aponta crimes de guerra em Gaza

Israel pediu neste sábado à ONU para anular o relatório Goldstone, que acusou o Exército israelense e o movimento radical palestino Hamas de crimes de guerra durante a intervenção militar israelense na Faixa de Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009.

Benjamin Netanyahu, premiê de Israel.
Benjamin Netanyahu, premiê de Israel. REUTERS/Menahem Kahana
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Em um artigo publicado sexta-feira no jornal americano The Washington Post, o juiz sul-africano Richard Goldstone, autor do relatório das Nações Unidas, afirma lamentar ter publicado o documento sem ter todas as informações de que se dispõe atualmente sobre a morte de civis durante o conflito na Faixa de Gaza. No artigo, o juiz afirma que se Israel tivesse cooperado na época da investigação, ele poderia ter demonstrado que o estado hebreu não teve uma política deliberada de visar civis durante a intervenção em Gaza.

Cerca de 1.400 palestinos, entre eles centenas de civis, e 13 israelenses morreram durante a intervenção militar israelense. No documento entregue ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, o juiz estima que israel, assim como o Hamas, cometeram crimes de guerra durante o conflito. No artigo do Washington Post, o sul-africano escreve que se ele "tivesse conhecimento dos fatos como tem hoje, o relatório Goldstone seria diferente". O juiz também assinala que Israel investigou os incidentes mencionados no relatório, contrariamente ao Hamas que não efetuou nenhuma investigação sobre o lançamento de foguetes sobre Israel. 

No comunicado em que pede a anulação do relatório às Nações Unidas, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, diz que "tudo o que dissemos se revelou exato". O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, estima que o juiz Goldstone "deveria reapresentar suas conclusões atualizadas às instâncias internacionais".

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