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WikiLeaks

Tribunal britânico decide hoje sobre extradição de fundador do WikiLeaks

Uma audiência em um tribunal de Londres decide nesta terça-feira se fundador do site WikiLeaks, o australiano Julian Assange, terá o pedido de liberdade condicional aceito. Ele está detido há uma semana na capital inglesa, acusado de estupro e violência sexual contra duas mulheres que trabalhavam como voluntárias para o seu site.

Julian Assange fundador do site Wikileaks
Julian Assange fundador do site Wikileaks Reuters
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O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, participa da audiência que tenta provar que as acusações não passam de um complô político. Ele se entregou à polícia britânica na terça-feira da semana passada, depois que a Suécia emitiu um mandado internacional de prisão. No mesmo dia, a justiça britânica já havia negado um primeiro pedido de liberdade feito pelos advogados do australiano.

Mas desta vez, ele tem ao seu lado o célebre advogado especialista na defesa dos direitos humanos, Geoffrey Robertson, que já defendeu pessoas famosas e polêmicas, como o escritor iraniano Salman Rushdie, autor de "Versos Satânicos". A equipe de defesa do fundador do WikiLeaks reclama das condições de detenção de Assange. Segundo eles, ele está mantido em isolamento total sem acesso a cartas, televisão e a jornais.

Da prisão em Londres, Assange passou para a sua mãe um comunicado que foi divulgado pela televisão australiana Network Seven. “Minhas convicções não mudaram. Permaneço fiel a meus ideais”, disse. Assange também criticou as operadoras de cartões de crédito Visa e Mastercard e a empresa de pagamentos na internet PayPal, que bloquearam as doações ao portal. "Agora sabemos que Visa, Mastercard e PayPal são instrumentos da política externa dos Estados Unidos. É algo que ignorávamos".

 O Wikileaks está na mira de Washington depois de ter publicado milhares de documentos do governo norte-americano que deram a volta ao mundo e viraram manchete dos principais jornais do planeta. Assange se diz determinado a continuar a publicação dos telegramas diplomáticos.

A maioria dos norte-americanos, porém, condena a atitude do australiano. Uma pesquisa divulgada hoje pela rede ABC/News e pelo Washington Post mostra que 60% dos entrevistados acham que o fundador do WikiLeaks deveria ser preso por ter divulgado o material do governo. De cada três norte-americanos, dois dizem que as publicações não são de interesse público. Apenas 20% consideram o contrário.
 

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