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Estados Unidos/Afeganistão

Casa Branca se irrita com vazamento de documentos secretos sobre Afeganistão

Nos Estados Unidos, o site especializado em divulgar informações confidenciais Wikileaks publicou nesta segunda-feira milhares de páginas de arquivos secretos sobre a guerra do Afeganistão. Os jornais americano The New York Times, o inglês The Guardian e a revista alemã Der Spiegel começaram a revelar detalhes dos documentos - erros militares, morte de civis, encontros secretos entre agentes paquistaneses e talibãs.

Em 2009, morreram no Afeganistão 310 soldados americanos.
Em 2009, morreram no Afeganistão 310 soldados americanos. Reuters
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A Casa Branca ficou furiosa com a publicação dos arquivos militares. Ao todo, foram divulgados 92 mil documentos, que datam desde 2004. O fundador do site Wikileaks, Julian Assange, justificou a publicação afirmando que "o bom jornalismo é controverso por natureza".

Os documentos revelam uma influência crescente do Irã no Afeganistão, apoio de Teerã aos islamitas subversivos e um grande nível de corrupção, além de erros militares e mortes civis. As alegações mais graves dizem respeito ao Paquistão, aliado estratégico norte-americano. Segundo o jornal The New York Times, agentes paquistaneses se encontram regularmente com talibãs em sessões secretas.

O objetivo é traçar estratégias para organizar grupos de combatentes para atacar os soldados americanos no Afeganistão, além de complôs para assassinar dirigentes afegãos. O conselheiro da Segurança Nacional do presidente Barack Obama, o general James Jones, disse que a publicação destes documentos coloca em risco a vida dos americanos e seus aliados e ameaça a segurança nacional.

Já o embaixador do Paquistão nos Estados Unidos, Husain Haqqani, se limitou a afirmar que estas denúncias não correspondem à realidade.

O governo do Afeganistão disse não ter ficado surpreso pelo conteúdo dos documentos confidenciais, especialmente no que dizem respeito às perdas civis provocadas pelas operações da OTAN no país e também sobre os supostos vínculos do serviço secreto paquistanês com os insurgentes.

"Nós ficamos chocados pelo volume enorme de documentos revelados. Mas o conteúdo em si não nos surpreendeu", reagiu o porta-voz da presidência Waheed Omar. "A reação do presidente (Hamid) Karzai foi de dizer que não há nada de novo para nós", disse.
 

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