Acessar o conteúdo principal
Flotilha da Liberdade

Premiê diz que Israel não pedirá desculpas por ataque a navio turco

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta sexta-feira que seu país não vai pedir desculpas pela abordagem de um navio turco no último dia 31 de maio. A ação fez nove mortos e vários feridos. A embarcação fazia parte da flotilha da liberdade, que levava ajuda humanitária para a faixa de Gaza apesar do embargo econômico decidido por Israel.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento no dia 04 de junho
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante pronunciamento no dia 04 de junho Reuters /Jim Hollander
Publicidade

As declarações de Benjamin Netanyahu foram feitas durante uma entrevista concedida ao principal canal da televisão pública israelense. Questionado pela jornalista, o primeiro-ministro disse que sentia muito pela perda de vidas humanas, mas que não se desculpava pelo ataque à flotilha da liberdade.

"Israel não pode se desculpar pelo fato de que seus soldados tiveram que se defender para escapar do linchamento por parte de uma multidão", disse Netanyahu.

A flotilha, composta por embarcações que levavam ajuda humanitária à região de Gaza, foi atacada em águas internacionai no dia 31 de maio. Nove pessoas morreram durante a abordagem.

Benjamin Netanyahu também defendeu a comissão criada por Israel para investigar o episódio. "Essa comissão conta com dois peritos estrangeiros, então ela responde às exigências da comunidade internacional", explicou.

As declarações do premiê israelense foram feitas em um momento em que o governo de Israel sofre várias pressões para retomar o diálogo com os palestinos sobre o processo de paz. 

Neste final de semana uma marcha organizada pela família do soldado franco-israelense Gilad Shalit deve passar em frente à casa de praia de Netanyahu. A família do soldado, sequestrado há quatro anos pelo movimento extremista Hamas, espera sensibilizar o primeiro-ministro para que ele facilite a libertação de Shalit.

Na quinta-feira Netanyahu declarou que estaria disposto a liberar mil prisioneiros palestinos em troca da libertação do soldado franco-israelense. No entanto, o primeiro-ministro disse que não entregaria presos que considerasse perigosos.

Na próxima terça-feira Benjamin Netanyahu se encontra com o presidente norte-americano Barack Obama. O processo de paz no Oriente Médio deve dominar as discussões entre os dois líderes.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.