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França/China

Na China, Sarkozy pede nova ordem monetária

Em visita à China, Nicolas Sarkozy propôs uma "nova ordem monetária multipolar" e uma regulação do preço das matérias primas. Os dois chefes de estado também discutiram as sanções contra o Irã. Sarkozy pediu que a China assuma uma posição no Conselho de Segurança Permanente da ONU.

O presidente da China, Hu Jintao,  acompanhado de Nicolas Sarkozy e de sua esposa, Carla Bruni Sarkozy.
O presidente da China, Hu Jintao, acompanhado de Nicolas Sarkozy e de sua esposa, Carla Bruni Sarkozy. ©Reuters
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O presidente chinês Hu Jintao declarou nesta quarta-feira que a visita de três dias de Nicolas Sarkozy ao país "abrirá uma nova página" nas relações bilaterais entre a França e a China.  A declaração foi dada durante uma coletiva conjunta dos dois chefes de Estado, depois de uma reunião na sede do governo chinês. Em 2008, os dois países protagonizaram uma crise diplomática, marcada pela passagem da tocha olímpica em Paris, as manifestações pró-Tibete, e o encontro do presidente francês com o líder espiritual Dalai Lama, em dezembro de 2008. A China chegou a ameaçar o governo francês de sanções econômicas.

O momento agora é outro. Com as desavenças superadas, o presidente Nicolas Sarkozy aproveitou para discutir com os chineses a desvalorização do yuan em relação ao dólar, que favorece a competitividade dos produtos chineses no mercado internacional. Segundo Sarkozy, os dois países vão analisar juntos o estabelecimento de “uma nova ordem monetária multipolar”, que será colocada em prática durante a presidência francesa do G-20 em 2011. Um dos objetivos é a regulação do preço das matérias-primas.

Esta é a quarta visita de Sarkozy ao país, a segunda como chefe de Estado. Acompanhado de sua mulher, a cantora Carla Bruni, ele foi recebido em uma cerimônia no Palácio do Povo. Durante os três dias de visita, além dos encontros oficiais, o casal deve visitar a Grande Muralha, o túmulo da dinastia Ming e a cidade proibida.

Irã

Outro assunto abordado no encontro foi o polêmico programa nuclear iraniano. Sarkozy disse a Hu Jintao que respeita a posição chinesa de defender o diálogo, mas enfatizou, entretanto, que o momento decisivo sobre a aplicação de novas sanções contra o Irã no Conselho de Segurança da ONU está próximo, e a China, membro do Conselho permanente e grande parceira comercial dos iranianos, terá que se posicionar. Sarkozy e Hu Jintao também discutiram a cooperação nuclear para fins civis. Um acordo deve ser assinado em outubro, durante a visita do presidente chinês à França.
 

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