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COP21/Paris

Acordo da COP21 prevê aumento do financiamento para o clima

A versão final do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas foi divulgada neste sábado (12) pela ONU, ao final da Conferência do Clima de Paris (COP21). O projeto será votado ainda nesta tarde pelos 195 países que participam da conferência. O acordo prevê o aumento do financiamento das ações de redução de emissões e adaptação às mudanças climáticas a partir de 2020.

Participantes da COP 21, em Le Bourget, nos arredores de Paris.
Participantes da COP 21, em Le Bourget, nos arredores de Paris. Reuters/路透社
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A sessão na plenária da COP21 foi aberta pelo chanceler francês, Laurent Fabius, presidente da conferência, seguido pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon. Fabius chegou a se emocionar quando lembrou das milhares de pessoas do mundo inteiro que se esforçaram e pressionaram para que o acordo de Paris fosse ambicioso. O chanceler disse que o texto é “justo, dinâmico e legalmente vinculante”. O documento foi divulgado às 13h40 (10h40 de Brasília) e começará a ser votado às 15h45 (12h45 em Brasília).

O texto prevê o “financiamento necessário” para que os países em desenvolvimento tenham acesso a uma economia sustentável. O montante de US$ 100 bilhões por ano será considerado um piso para depois de 2020. Um novo objetivo mais robusto será determinado no máximo até 2025. O texto visa que o limite do aumento da temperatura tolerado até o final do século será “bem abaixo de 2°C, e os países se comprometem a se esforçar ao máximo para limitar essa elevação a 1,5°C, ao longo das próximas décadas".

Revisão a cada cinco anos

O acordo adota a revisão, a cada cinco anos, dos compromissos firmados hoje pelos países e se aprofunda na questão da adaptação dos países em desenvolvimento aos efeitos das mudanças climáticas. O documento reconhece as perdas e danos sofridas pelos países mais vulneráveis desde o início das mudanças climáticas, um dos pontos mais batalhados pelas nações insulares.

Neste último dia da 21ª Conferência do Clima da ONU, o presidente francês, François Hollande, convocou os ministros dos 195 países que participam da conferência a adotar o “primeiro acordo universal da história das negociações climáticas”.

“É raro, em uma vida, ter a ocasião de mudar o mundo. Vocês têm. Escolham ela, para que viva o planeta, viva a humanidade e viva a vida”, declarou o presidente francês. “A historia está acontecendo. Estamos no último degrau, e agora precisamos nos erguer ainda mais, à altura dos desafios. O acordo decisivo para o planeta é agora”, afirmou.

 

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