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Avanço da extrema-direita deixa França em alerta, diz Libération

A França está em alerta, desta vez, por causa expansão do partido de extrema-direita Frente Nacional. O aviso é do jornal Libération que dedica sua manchete principal desta quinta-feira (3) ao crescimento do partido xenófobo.

A presidente do partido Frente Nacional, Marine Le Pen.
A presidente do partido Frente Nacional, Marine Le Pen. REUTERS/Jean-Paul Pelissier
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A quatro dias do primeiro turno das eleições regionais, a Frente Nacional lidera as pesquisas para vencer de quatro a cinco regiões na França, fato que seria inédito no país.

De acordo com Libération, em todo o território francês, o partido liderado por Marine Le Pen deve estar presente no segundo turno. "É uma avalanche que os tradicionais partidos de esquerda e direita não conseguem mais conter", constata o jornal, desolado.

Em editorial, Libé afirma que a extrema-direita francesa tira proveito dos últimos acontecimentos dramáticos na França e esse crescimento é uma ameaça para o país.

Ao analisar os discursos da líder do partido, Marine Le Pen, e de outras lideranças, Libération constata que a mensagem gira em torno do nacionalismo e não faz referência aos valores republicanos, como os lemas do país: liberdade, igualdade e fraternidade.

Eleitores fiéis

Les Echos revela os dados levantados por uma pesquisa de opinião pública   que confirma a tendência do eleitorado na votação do próximo domingo. Três em cada dez franceses indicaram que vão votar para a Frente Nacional nas eleições regionais.

O partido de Marine Le Pen tem mais de 28% dos votos, segundo a sondagem. Desde outubro, o partido cresceu 2,5 pontos nas intenções de voto. A esquerda ainda lidera com 35,5% e os partidos de direita vêm logo atrás com 31,5%.

A pesquisa do Les Echos também identificou que os eleitores da Frente Nacional, em grande parte jovens, empregados e das classes mais populares, são os mais fiéis: 93% dos que votaram em Marine Le Pen nas eleições presidenciais de 2012 vão voltar às urnas. Eles também dizem se sentir seguros de sua escolha.

Especialistas em sondagens afirmam que o tripartidarismo na França, observado desde as eleições europeias em 2014 se instalou de vez e de maneira duradoura no país. A extrema-direita conquistou um espaço no cenário no qual predominavam até então os partidos tradicionais de esquerda e de direita.

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