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Turquia/Rússia/Crise

Turquia pede a seus cidadãos que evitem viajar para a Rússia

Neste sábado (28), o governo da Turquia recomendou a seus cidadãos que só viajem à Rússia em situação de emergência. O alerta reflete uma nova etapa na crise diplomática bilateral depois da destruição de um avião russo pela aviação turca, na fronteira com a Síria.

Foto de bombardeiro russo SU-24, modelo que foi abatido pela aviação turca
Foto de bombardeiro russo SU-24, modelo que foi abatido pela aviação turca REUTERS/Ministry of Defence of the Russian Federation
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O ministro das Relações Exteriores turco esclareceu que a recomendação foi feita diante das dificuldades que os cidadãos turcos, que viajam ou vivem na Rússia, estão encontrando. Até a situação se esclarecer, o alerta está valendo”, declarou.

O presidente Recep Tayyip Erdogan declarou neste sábado (28) «estar entristecido pelo incidente aéreo» afirmando que “preferia que isso não tivesse acontecido”. Na véspera, Erdogan manifestou o desejo de encontrar o presidente russo Vladimir Putin “frente a frente”, durante a COP21, que começa em Paris na segunda-feira, 30 de novembro. O Kremlin, por seu lado, é reticente e considera difícil determinar o nível de previsão das ações do governo turco.

Revanche

O pedido da Turquia aos seus cidadãos acontece no dia seguinte à decisão russa de exigir vistos de entrada para os turcos. Moscou também aconselhou os russos na Turquia a voltarem para o país, devido à ameaça terrorista. “Não se trata de uma vingança, a ameaça é real”, garantiu o chanceler russo Serguei Lavrov, que não hesitou em acusar Ankara de “passar dos limites” ao abater o bombardeiro russo Su-24.

Retaliação e revolta

A Rússia anunciou na quinta-feira (26) estar preparando medidas de retaliação econômica depois do incidente. O primeiro-ministro Dmitri Medvedev deu dois dais ao seu governo para apresentar as medidas, que incluiriam congelamento de projetos, restrições comerciais ou ainda limites do recurso à mão de obra turca na Rússia.

A revolta nacionalista está aumentando e jovens militantes do partido Rodina, formação fundada pelo vice-primeiro-ministro Dmitri Rogozine, colocaram um caixão com um boneco com o rosto do presidente turco em frente à embaixada da Turquia em Moscou.

O incidente

No dia 24 de novembro, ao entrar no espaço aéreo turco, o bombardeiro russo, com dois pilotos a bordo, voltava de uma missão de combate no noroeste da Síria. A Turquia afirma ter lançado dez sinais em cinco minutos, antes de atacar. Moscou nega, afirmando que o avião não foi avisando antes de ser abatido.

Um piloto foi morto enquanto descia de paraquedas, e outro foi resgatado depois de uma operação das forças russas e sírias. Um soldado russo morreu durante a intervenção.

 

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