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Linha Direta

Para evitar fuga de turistas após queda de avião, Egito abre ao público atrações inéditas

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O provável atentado ocorrido contra o avião da companhia russa Metrojet, no último sábado (31) no Egito, causando a morte de 224 pessoas, foi mais um golpe ao combalido setor turístico egípcio. Como parte dos esforços para atrair turistas e impulsionar o abalado setor, o país abriu ao público nesta sexta-feira (6), pela primeira vez, três túmulos na antiga cidade de Luxor (sul).

Funeral de vítimas da tragédia aérea no cemitério Bogoslovskoye, em São Petersburgo, na Rússia.
Funeral de vítimas da tragédia aérea no cemitério Bogoslovskoye, em São Petersburgo, na Rússia. REUTERS/Peter Kovalev
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Sandro Fernandes, no Egito

O túmulo de Huy, vice-rei de Kush durante o reinado de Tutancâmon, é o monumento turístico mais significativo aberto a visitas, a partir de hoje, no Egito. O turismo é uma indústria essencial para o país e, em 2010, no seu auge, chegou a empregar 12% da força de trabalho nacional, com quase 15 milhões de turistas por ano.

Em 2011, com os protestos da "Primavera Árabe", o turismo foi diretamente afetado. No ano seguinte, houve uma recuperação, mas as constantes ameaças de bombas e a instabilidade política voltaram a afastar os turistas do país.

Companhias suspendem voos após acidente

O presidente russo, Vladimir Putin, ordenou a suspensão de todos os voos civis das companhias aéreas russas para o Egito.

A decisão de Putin seguiu uma recomendação do chefe dos serviços secretos (FSB), Alexandre Bortnikov. "Considero que é necessário suspender os voos russos para o Egito enquanto tentamos estabelecer as verdadeiras razões do que ocorreu", declarou Bortnikov, citado pela televisão russa. Putin também encarregou o governo de assegurar a repatriação dos russos que ai se encontra ainda no Egito, segundo Peskov.

Anteriormente, as companhias Air France (França), Lufthansa (Alemanha) eTurkish Airlines (Turquia) anunciaram a suspensão dos seus voos para o Sinai.

Nesta manhã, o Reino Unido reviu a proibição de voos que façam o trajeto entre o país e Sharm el-Sheikh, cidade de onde partiu o avião acidentado. Cerca de 20 mil turistas britânicos estão atualmente nessa famosa estação balneária na expectativa de voltar para casa. No entanto, como as autoridades egípcias suspenderam a aterrissagem de aviões britânicos, também por precaução, somente oito aviões puderam deixar o Egito.

Investigações

Uma equipe internacional de especialistas em aviação está no Egito investigando as causas do acidente. As caixas-pretas do avião ainda estão sob análise. Uma fonte que participa da leitura dos equipamentos confirma o caráter "brutal e repentino" do ocorrido.

Os investigadores já sabem que o avião se despedaçou no ar, já que os destroços de espalharam por uma área extensa. As duas principais hipóteses em estudo são falha estrutural ou explosão. Os Estados Unidos consideram “altamente provável” que a explosão de uma bomba tenha sido a causa da queda do avião.

O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) já reivindicou duas vezes a queda do aparelho, em represália à campanha aérea da Rússia contra a organização na Síria.

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