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Linha Direta

China anuncia plano econômico até 2020 para conter desaceleração

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O Partido Comunista Chinês (PCC) aprovou nesta quarta-feira (26) as propostas do plano para a economia do país no período 2016-2020. Os objetivos econômicos do gigante asiático vão definir reformas, regulamentações e estímulos em diversos setores para tentar manter o crescimento. Diante do cenário de desaceleração da segunda maior economia do mundo, os investidores e parceiros comercias da China, como o Brasil, hoje acompanham atentos o termino dos quarto dias de reunião do comitê central do Partido Comunista Chinês.

Xi Jinping (ao centro) lidera o comitê central (Politburo) do Partido Comunista Chinês.
Xi Jinping (ao centro) lidera o comitê central (Politburo) do Partido Comunista Chinês. REUTERS
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Luiza Duarte, correspondente da RFI Brasil em Hong Kong.

Esse é o 13º plano econômico de cinco anos desde a chegada do PCC ao poder e o primeiro sob a gestão do presidente chinês, Xi Jinping. A China busca um novo equilíbrio entre mercado e Estado.

O novo plano econômico para o país de 2016 até 2020 é elaborado pelo comitê central do Partido Comunista, composto por mais de 200 membros plenos. A reunião dos principais líderes da China em Pequim começou na segunda-feira (26) e termina nesta quinta. Será apresentado um documento de cerca de 100 páginas, que vai guiar o desenvolvimento econômico do gigante asiático nos próximos cinco anos. O texto deve ser ainda debatido em dezembro e, em seguida, aprovado durante o Congresso Nacional do PCC, previsto para o próximo mês de março.

O documento é a politica econômica da segunda maior economia do mundo pelos próximos cinco anos. Ele vai definir as medidas internas para os diversos setores de atividade, como reformas, metas e regulamentações e pode afetar as relações comerciais internacionais. Isso, claro, interessa igualmente às empresas estrangeiras instaladas na China ou com negócios no país. Os investidores e os países com forte relação comercial com a China, como o Brasil, acompanham atentos esse anúncio. Além de objetivos qualitativos, como quais aéreas da economia serão priorizadas e ainda medidas para a liberalização da economia, o plano revela as metas em números para a economia chinesa.

Em um contexto de desaceleração, o primeiro–ministro Li Keqiang afirmou na última semana que quer uma média de crescimento do PIB do país de 6,5% até 2020. O número assinala que a economia da China perde fôlego, já que nos últimos planos quinquenais a meta para o crescimento era de 7% e de 7,5%, no período anterior a 2010. O plano econômico deve incluir um objetivo de crescimento entre 6,5% e 7%, o que indicaria que o governo aceitou que a China vive o período mais fraco de expansão econômica desde a abertura de seu mercado há três décadas.

Vídeo de divulgação do novo plano econômico chinês virou piada na internet:

Para divulgar a importância do novo plano econômico no exterior, a Xinhua, agência de notícias estatal chinesa, lançou um vídeo oficial em inglês sobre o tema. A canção ilustrada com desenhos animados, que pretendia dar um tom dinâmico e moderno ao árido assunto, acabou virando motivo de piada na Internet (assista acima).

A China já havia comunicado que outro ponto importante do plano será “evitar a armadilha da renda média”, através do estimulo à inovação e de um ajuste estrutural para estimular um crescimento de médio a alto. A armadilha da renda média ocorre quando o crescimento de um país, depois de atingir níveis de renda média, passa a estagnar. Desde 2012, quando o seu PIB per capita ultrapassou US$ 5 mil, a China entrou para o grupo de países ditos de renda média.

O plano promete ainda ser rico em reformas sobre a política fiscal, as empresas estatais e as finanças. Em uma entrevista à agência Xinhua, o economista chefe do Banco Central da China, Ma Jun, falou em reformas financeiras para a China. Segundo ele, elas devem se concentrar em quatro áreas: financiamento inclusivo, capital de risco, finanças para o setor da Internet e para o meio ambiente.
 

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