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Pegida/Alemanha

Movimento islamofóbico Pegida comemora aniversário com passeata na Alemanha

O movimento islamofóbico alemão Pegida completa um ano nesta segunda-feira (19) com uma passeata hoje à noite na cidade de Dresden, no leste da Alemanha. Depois de um longo período de discrição, a organização de extrema-direita ganhou novo fôlego com a chegada em massa de imigrantes ao país e ataca com cada vez mais virulência a política de acolhimento da chanceler Angela Merkel.

Na manifestação organizada pelo movimento Pegida na última segunda-feira (12), participantes carregaram forcas com as mensagens: "Reservado para Sigmar Gabriel  e Angela Merkel".
Na manifestação organizada pelo movimento Pegida na última segunda-feira (12), participantes carregaram forcas com as mensagens: "Reservado para Sigmar Gabriel e Angela Merkel". REUTERS/Hannibal Hanschke
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Nesta segunda-feira, Merkel fez um novo apelo aos alemães para que não participem da manifestação. "Não sigam os que têm preconceito e mesmo raiva no coração", declarou, por meio de seu porta-voz, Steffen Seibert. Há algumas semanas, a líder alemã se tornou o alvo preferido do grupo, oposto a sua política de mão estendida aos refugiados.

"Contra a Islamização do Ocidente"

O movimento dos Patriotas Europeus contra a Islamização do Ocidente (em alemão, Pegida) foi lançado em 20 de outubro de 2014 na capital da Saxônia, na antiga Alemanha comunista, por Lutz Bachmann, de 42 anos. O objetivo inicial era reunir, em um núcleo de extrema-direita, eleitores decepcionados com os partidos tradicionais.

O Pegida registrou um avanço fulgurante no inverno de 2014-2015, passando de algumas centenas de simpatizantes, no fim de outubro, para 25 mil manifestantes, no fim de janeiro, depois dos atentados jihadistas contra o jornal francês Charlie Hebdo. Nas últimas semanas, no entanto, o grupo passou a concentrar seus ataques contra os refugiados que o país vem recebendo.

Símbolo deste endurecimento foi a forca exibida durante a manifestação na última segunda-feira (12), "reservada" a Merkel e ao vice-chanceler Sigmar Gabriel. A imagem causou indignação na Alemanha e desatou a abertura de uma investigação.

Forte tensão

A tensão sobre a política de recebimento de refugiados se acentua na Alemanha. Neste sábado (17), a candidata à prefeitura da cidade de Colônia, Henriette Reker, conhecida por pregar a solidariedade com os imigrantes, foi gravemente ferida por uma facada e está hospitalizada. Ela foi eleita no domingo (18), com mais de 52% dos votos.

Ontem, a chanceler alemã esteve na Turquia para negociar com o governo do presidente Recep Tayyip Erdogan uma cooperação sobre a questão migratória. Nenhum dos lados evocou um acordo definitivo, mas os dirigentes disseram ter feito progressos.

Na coletiva de imprensa depois do encontro, o premiê turco Ahmet Davutoglu elogiou a "melhor abordagem" da União Europeia em relação a Ancara, que já recebeu dois milhões de sírios fugindo da guerra no país vizinho. Inicialmente, os europeus queriam oferecer € 1 bilhão para que os turcos se encarregassem de controlar as fronteiras e acolher o maior número possível de refugiados, antes que eles entrassem na Europa. A Turquia exige, no mínimo, € 3 bilhões.

(Com informações da AFP)

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