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França

Museu do Homem de Paris reabre após seis anos de reformas

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Uma das instituições míticas da antropologia, o Museu do Homem, na praça do Trocadéro, com vista magnífica para a Torre Eiffel reabre suas portas em Paris, depois de extensas renovações internas e externas. Três perguntas fundamentais norteiam o visitante por um percurso através da história do homem: “Quem somos, de onde viemos e para onde vamos?”.

Museu do Homem, em Paris.
Museu do Homem, em Paris. Patricia Moribe
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Para Cécile Aufaure, diretora do projeto de renovação, o Museu de l’Homme “foi um museu muito importante e continua sendo pois é o único a pensar o homem, a falar do homem de uma maneira global, através de aspectos biológicos, culturais e sociais”. Ela explica que “é um museu pluridisciplinar, que acompanha a evolução humana, em todos esses aspectos e em cada época, pois isso interessa para entender a origem do homem do homem até hoje, levantando questionamentos sobre o futuro”

A diretora conta que o museu tem suas origens em 1928, quando Paul Rivet, antropólogo, especialista em Américas, lança o projeto de reformar o museu de etnologia do Trocadero e juntar com o Museu de Etnografia, já existente, além das seções de antropologia e pré-historia, que estavam no Museu de História Natural. “Ele queria reunir todas as dimensões do homem em um só lugar e o Museu do Homem foi inaugurado em 1938, no novíssimo Palais de Chaillot, que tinha sido construído para a Exposição Internacional de 1937.”

Polêmica

Em 2003, uma polêmica decisão do então presidente Jacques Chirac transfere 300 mil peças da coleção do Museu do Homem para o futuro Museu do Quai Branly, que é inaugurado três anos depois. Um lado positivo é que 90% das peças da nova disposição no Museu do Homem são praticamente inéditas para o público.

Além de objetos físicos, como esqueletos, ossos e instrumentos, a exposição também trata de elementos não palpáveis, mas fundamentais para a evolução do homem, como as línguas. Um grande painel interativo traz gravações de 30 línguas ao redor do mundo, mostrado a diversidade dos sons.

Franz Manni, responsável pelo setor linguístico da exposição conta que não foram levadas em conta línguas dominantes, como inglês, francês, chinês mandarim, português, espanhol ou árabe. “Em algumas partes do mundo, como Ásia e África, as pessoas dominam varias línguas no cotidiano – é a língua da administração, outra da família, a do mercado ou a da religião”, conta. “O modo de vida está mudando muito e são muitas as línguas em vias de desaparecimento, mas as línguas evoluem, mudam, e por isso, de alguma forma, a riqueza linguística será mantida”, acrescenta Manni.

O Museu do Homem traz uma programação intensa de mostras temporárias, projeções e atividades culturais, além de ser um espaço privilegiado para pesquisadores. Para saber mais, consulte o site: http://www.museedelhomme.fr/

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