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Candidatura de Lula pode tranquilizar mercado internacional, diz analista

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As eleições presidenciais no Brasil ainda estão longe e, até 2018, muita coisa pode acontecer. No entanto, em um contexto de crise, alguns atores políticos do país já estariam se organizando para o pleito. Segundo informações divulgadas na imprensa brasileira na semana passada, o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estaria estudando antecipar sua pré-candidatura.

Três anos antes das presidenciais, Lula estaria preparando sua candidatura.
Três anos antes das presidenciais, Lula estaria preparando sua candidatura. REUTERS/Marcos Brindicci
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Para o professor de Direito da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro, Michael Mohallem, essa possível pré-candidatura de Lula poderia tem um efeito “tranquilizador” do ponto de vista internacional. “O ex-presidente tem uma linha política conhecida e apreciada, e também ficou conhecido como alguém responsável pela superação de grande parte da miséria no Brasil. Então isso pode acalmar os mercados”.

Além disso, segundo o analista, a candidatura do petista mostra que o país segue nos trilhos da democracia. “Alguns editoriais de importantes jornais estrangeiros disseram recentemente que a possibilidade de impeachment de Dilma poderia danificar muito a imagem do Brasil como um país solidamente democrático. Então a possível candidatura de Lula passa a imagem de uma nação que, apesar de uma profunda crise política e econômica, consegue seguir até o próximo ciclo eleitoral”, afirma o professor da FGV.

Segundo o analista, diante da situação atual, Lula aparece como o único candidato possível para o Partido dos Trabalhadores. “A base que sustenta o governo não tem muitas opções claras e viáveis para 2018. O Lula ainda é a grande figura e, neste momento, talvez o única capaz de ganhar, mesmo com muita dificuldade, as eleições”, comenta.

Oposição em situação delicada

Segundo o analista, essa possível candidatura coloca a oposição numa situação difícil. “Durante o início do mandato de Dilma Rousseff, os opositores não atacavam a gestão do Lula, pois ele tinha uma alta aprovação popular. Mas agora o discurso tem que ser modificado”.

O professor ressalta que essa mudança de rumo já é percebida, principalmente em declarações como as que foram feitas recentemente pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, afirmando que a responsabilidade pela situação econômica atual teria vindo de uma gestão “irresponsável do Lula”. “A oposição começa a trazer Lula para o centro do debate político e da crítica, e não mais a Dilma, que passa a ser estrategicamente menos relevante do ponto de vista das próximas eleições”.
 

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