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Ninguém ameaça o reinado do Brasil na produção de café, diz Les Echos

O jornal econômico Les Echos desta segunda-feira (10) afirma que o Brasil é o rei do café há 50 anos e ninguém pode ameaçar sua posição de primeiro produtor mundial da especiaria. O país deve bater um novo recorde de produção esse ano chegando a 60 milhões de sacas.

Colheita no Instituto do Café, o maior cafezal em área urbana do país, em São Paulo.
Colheita no Instituto do Café, o maior cafezal em área urbana do país, em São Paulo. Divulgação Insitituto do Café
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Les Echos lembra que apesar da seca de 2014, o Brasil prevê coletas ainda melhores e um novo recorde de produção neste ano. No ano passado, as exportações já haviam batido o recorde de 36,8 milhões de sacas, o que deve ser superior neste ano.

O país permanece intocável em sua posição de primeiro produtor mundial de café na especialidade composta por dois terços de arábica e um terço de robusta. Mesmo a queda de 25% nas vendas em todo o mundo no início deste ano não afetaram as exportações brasileiras. A boa notícia para os produtores é que o mercado vai voltar a se estabilizar nos próximos meses.

Para Les Echos, a performance do Brasil é grandiosa, representa um terço da produção mundial. O diário lembra que o reinado brasileiro é imbatível há mais de meio século, ocupa 2,7 milhões de hectares e envolve 3,5 milhões de pessoas em todo o país. No ano passado, a produção brasileira chegou a 45,3 milhões de sacas.

Atrás do Brasil, Vietnã e Colômbia

Les Echos também dá espaço ao Vietnã, o maior produtor da variedade robusta. Ccomo a demanda interior é fraca, cerca de 95% de sua produção é destinada à exportação. O diário prevê que a próxima coleta do produto seja afetada pelas falta de chuva na região atualmente.

Na Colômbia, a produção de café também é emblemática: o país é o segundo produtor mundial da variedade arábica. Mas o país conheceu uma queda em suas produções depois de uma epidemia do fungo "roya" entre 2008 e 2011. Mas os colombianos estão se recuperando e devem voltar com força total em 2015: só no primeiro semestre as exportações do produto já aumentaram 10%.

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