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Jornais criticam cálculo que aponta estabilização do desemprego na França

A taxa de desemprego na França que se estabilizou em junho em um nível elevado, sem apontar a redução prometida pelo governo, é um dos principais destaques da imprensa francesa desta terça-feira (28). Apesar de parecer uma boa notícia, a estabilização é criticada pelos jornais, que denunciam a mudança na metodologia de cálculo utilizada pelo governo.

Capa do jornal Le Figaro desta terça-feira (28).
Capa do jornal Le Figaro desta terça-feira (28).
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O governo francês divulgou ontem (27) que o número de desempregados na França se manteve quase estável em junho. Com apenas 1,3 mil pessoas a mais inscritas, a variação da taxa ficou em 0%.

Mas essa pequena melhora em relação aos aumentos sucessivos dos últimos meses acontece devido a uma mudança de cálculo que beneficia o governo, informa Aujourd'hui en France. Sem a mudança, mais de 11 mil pessoas teriam perdido o emprego no mês passado, escreve o Libération.

“Essa estabilidade é uma farsa”, reforça Les Echos. Em um ano, a taxa de desemprego no país subiu 7,1% e mais de 3,5 milhões de pessoas estavam sem trabalho em junho.

Pior aluno europeu

Le Figaro diz que, em matéria de desemprego, a França é o pior aluno da Europa. Com o número de desempregados em alta quase contínua desde o início do mandato do presidente socialista François Hollande, o país está na contramão dos outros integrantes do bloco.

Em consequência de políticas eficazes, os outros países da União Europeia aumentam aos poucos a oferta de emprego, garante Le Figaro. Em média, entre maio de 2012 e maio de 2015, a taxa de desemprego caiu de 10,4 para 9,6% nos 28 países que integram o bloco. A única exceção é a França, que viu o número de desempregados subir de 9,7% para 10,3% no mesmo período, afirma o jornal conservador.

Les Echos informa que o desemprego no país só começará realmente a cair em 2016.

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