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Cannes/Imprensa

Marcas parceiras do Festival de Cannes beiram o ridículo, diz Libération

Os jornais franceses aproveitam a abertura do Festival de Cinema de Cannes na noite desta quarta-feira (13) para oferecer diversas reportagens sobre a seleção de filmes, mas também dos bastidores que agitam o badalado encontro de estrelas da Sétima Arte.  

O desenrolar do tapete vermelho é um dos últimos preparativos para abertura do Festival de Cannes.
O desenrolar do tapete vermelho é um dos últimos preparativos para abertura do Festival de Cannes. REUTERS/Benoit Tessier
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Libération traz um trocadilho em sua manchete: "C'est party". A frase faz referência à expressão em francês C'est parti, que pode ser traduzida como "foi dada a largada”. Mas a palavra party, escrita em inglês, significa festa. O termo faz alusão não apenas ao ambiente festivo e glamuroso que toma conta da Riviera Francesa durante duas semanas, mas também à presença ostensiva da língua inglesa nas telas.

O jornal destaca que essa 68ª edição do festival francês confirma um número crescente de filmes em inglês e atrai cada vez mais estrelas de Hollywood. Daí a pergunta do Libé: "o Festival de Cannes está se transformando em uma festa do cinema globalizado?"

O jornal informa que quase a metade dos 19 filmes que disputam a cobiçada Palma de Ouro tem pelo menos dois pontos em comum: são exibidos em inglês ou estrelados por atores e atrizes que tem o inglês como língua materna.

Apenas cinco filmes não são em inglês ou francês, escreve o jornal, lamentando a pouca diversidade linguística da seleção oficial composta ainda por filmes de Taiwan, China, Itália, Japão e Hungria, na competição oficial.

Desfile de marcas

Em outro artigo, Libération comenta a bela vitrine que representa o Festival de Cannes para marcas famosas, como a empresa de cosméticos L'Oréal e a joalheria de luxo Chopard. Este ano, lembra o jornal, a Kering faz sua entrada no seleto grupo de parceiros estratégicos que acabam "vampirizando" o evento.

O desfile de marcas beira o ridículo, escreve Libé, mencionando a inauguração de uma "praia Magnum", para apresentar a atriz australiana Miranda Kerr como nova "embaixadora" de um picolé.

Presidência inédita

Em seu suplemento especial dedicado ao Festival de Cannes, Le Figaro traz uma entrevista exclusiva com os irmãos Coen, Joel e Ethan. Pela primeira vez, a direção do festival escolheu uma dupla para presidir o júri responsável pela atribuição dos principais prêmios.

Os irmãos disseram estar “super felizes” de voltar ao Festival que consagrou a dupla com vários troféus, entre eles o da Palma de Ouro em 1991, com o filme Barton Fink.

Na entrevista, Joel e Ethan confessaram não conhecer nenhum de seus colegas do júri, exceto a atriz espanhola Rossy de Palma. Os irmãos Coen prometem dar "ordens contraditórias" aos integrantes do de júri, assim como fazem nas gravações de seus filmes. E eles garantem que o método funciona.
 

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