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Reportagem

Grupo de brasileiros sai ileso de terremoto e espera para deixar o Nepal

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Enquanto as equipes de resgate continuam as operações de busca no Nepal após o terremoto de sábado, milhares de nepaleses e turistas tentavam deixar a capital nesta segunda-feira (27). No entanto muitos ainda tem que esperar na região devido às dificuldades de transportes após o tremor que matou milhares de pessoas. É o caso de um grupo de brasileiros de São Paulo, que aguarda melhores condições para deixar o Nepal.

Grupo de brasileiros com guia (e) pouco antes do terremoto no Nepal.
Grupo de brasileiros com guia (e) pouco antes do terremoto no Nepal. www.venturas.com.br
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O grupo de oito turistas brasileiros, originários de São Paulo, fazia a rota do Everest pelo Vale do Gokyo. Com idades entre 40 e 60 anos, eles começaram a viagem no dia 19 de abril e o percurso deveria continuar no Tibete, antes do retorno ao Brasil, previsto para 12 de maio, após uma passagem por Katmandu.

Os brasileiros, como outros milhares de turistas, tentam deixar o país pelo aeroporto de Lukla, no nordeste do Nepal. Segundo Giancarlo Valias, diretor da agência Venturas, que organizou a viagem do grupo, o acesso na região ainda está muito difícil. “Estamos cuidando da retirada deles, mas todos os que desceram a montanha estão indo para Lukla para tentar retornar para a capital. Então decidimos segurá-los um pouco mais em um local que tenha conforto e abastecimento por mais dois ou três dias”, comenta. “Queremos levá-los até Katmandu e retirá-los de lá no mesmo dia para que eles não tenham que ficar hospedados”, explica o empresário, lembrando que ainda há risco de desabamento nos prédios da capital, uma das zonas mais afetadas pelo tremor. 

Cruz Vermelha se mobiliza

A mobilização internacional já começou para ajudar as vítimas. A Cruz Vermelha Brasileira, por exemplo, concentrou seu apoio principalmente nas doações financeiras. “Devido a distância geográfica, preferimos abrir uma conta bancária para toda a população que quiser contribuir de alguma forma para ajudar as vítimas dessa tragédia”, relata Roseli Sampaio, presidente da entidade no Brasil.

Além da conta, disponível no site da instituição, a organização também se uniu à Cruz Vermelha dos Estados Unidos na campanha de arrecadação de fundos para a população local. A antena brasileira também contribui para a divulgação do site do comitê internacional da entidade, que ajuda a buscar pessoas desaparecidas.

Grupos ajudam a encontrar vítimas com redes sociais

No caso do Brasil, em um primeiro momento até mesmo o Itamaraty tinha dificuldades em calcular quantos cidadãos estavam na região na hora do tremor. Pensando em ajudar as famílias desses viajantes, alguns grupos se formaram nas redes sociais para contabilizar o número de brasileiros atualmente no Nepal.

Um dessas ações é o a Ajuda Nepal, que conta com um site e uma página no Facebook. De acordo com Guilherme Samel, um dos idealizadores da iniciativa, o mais difícil nesse momento é estabelecer uma comunicação com a população e com os turistas. “A rede de telefonia celular está funcionando, mas como não há eletricidade em todos os lugares, então não tem como carregar os aparelhos”, conta a empresário, dono de uma agência de viagens e conhecedor do Nepal.

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