«Não existe literatura nacional», afirma Bernardo Carvalho no Salão do Livro de Paris
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Bernardo Carvalho deu uma entrevista exclusiva à RFI, nesta sexta-feira (20) no estúdio da rádio no Salão do Livro de Paris. O autor de “Nove Noites” é um dos escritores da delegação brasileira no evento que este ano homenageia o Brasil. Para Carvalho “Não existe literatura nacional, quer dizer, toda literatura é diversa. Se não for, é uma literatura ruim.”
Bernardo Carvalho é um dos escritores brasileiros de maior visibilidade na França. Quase todos os seus romances já foram traduzidos para o francês e desde “Nove noites”, em 2005, a editora Métailié publica todas as suas obras. O último romance do autor, “Reprodução”, acaba de chegar às livrarias e um conto dele integra a antologia “Brasil 25”, organizada por Luiz Ruffato e publicada especialmente para o Salão do Livro de Paris.
O escritor carioca, radicado em São Paulo, também representou o Brasil na primeira homenagem que o Salão do Livro de Paris fez à literatura brasileira em 1998. Ele é um dos seis autores da delegação de 2015 que também estavam na seleção feita há 17 anos. Carvalho não se considera um elo entre os veteranos e a nova geração de escritores: “Cada escritor tem seu caminho, tem seu projeto literário próprio. Não sou elo de nada com nada. Meu projeto vem sendo trabalhado desde aquela época e (ele) tem uma lógica interna. Eu acho que a literatura é isso. É subjetividade, é individualidade”.
“Se você puder reduzir a literatura a uma ideia de literatura nacional, é porque a literatura não presta”, completa o autor de “Mongólia. Para Carvalho, a diferença entre 98 e agora é que há 17 ele era um escritor “debutante, mais jovem, e agora as pessoas já sabem o que eu faço. Elas podem gostar ou não, mas já entenderam, talvez, o que era ou é o meu projeto”.
Clique acima para ouvir a entrevista na íntegra
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