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Les Echos vê a presidente Dilma Rousseff "cada vez mais na defensiva"

O Brasil ganha destaque nesta segunda-feira (2) nas páginas do jornal Les Echos. O diário econômico diz que "o tempo fechou" para a presidente Dilma Rousseff. Poucos meses após sua reeleição, a presidente brasileira acumula más notícias, de acordo com o jornal.

A presidente Dilma Rousseff em evento no Palácio do Planalto, 26 de fevereiro de 2015.
A presidente Dilma Rousseff em evento no Palácio do Planalto, 26 de fevereiro de 2015. REUTERS/Ueslei Marcelino
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Les Echos relata que "a recessão bate na porta do Brasil, o desemprego aumenta, o real se deprecia, o país está ameaçado por um racionamento de eletricidade, o moral dos consumidores voltou à estaca zero e, para coroar a série de más notícias, a greve dos caminhoneiros contra o aumento do preço dos combustíveis" pode parar o Brasil.

Segundo Les Echos, a presidente Dilma tinha conseguido ganhar credibilidade com a nomeação da nova equipe econômica, mas com o anúncio das medidas que vão provocar uma retração do PIB de 1% este ano, a queda de popularidade foi imediata.

Petrobras desgasta presidente

Les Echos considera que o desgaste da presidente Dilma se deve principalmente ao "mega escândalo" de corrupção na Petrobras. As denúncias afetam a classe política e têm sérias repercussões econômicas. A agência Moody's rebaixou a nota de crédito da companhia e existe o risco de contágio para a nota de crédito do país como um todo. Se isso acontecer, adverte o Les Echos, o Brasil vai entrar em uma "espiral infernal". O diário também prevê um risco para a presidente na manifestação de 15 de março, que vai defender o impeachment.

Empresários franceses aprovam Levy

O jornal econômico avalia o desempenho do ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Les Echos afirma que Levy agrada aos mercados e tem boas ideias para endireitar o país. Executivos franceses à frente de empresas que fazem grandes investimentos no Brasil, como a L'Oréal e o grupo de hotelaria Accor, aprovam as medidas adotadas por Levy e acreditam que ele tem competência para diminuir o déficit público e ajustar as contas.

Terreno político minado

Les Echos lembra, no entanto, que o ajuste não depende apenas da boa vontade do ministro, já que o governo é refém do Congresso e a maioria parlamentar de apoio à presidente é instável. Na análise do Les Echos, baseada na percepção dos empresários entrevistados para a reportagem, Joaquim Levy é o homem certo, no lugar certo e na hora certa, "um balão de oxigênio" no governo Dilma 2.

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