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Jornais franceses alertam para fragilidade do acordo com a Grécia

A prorrogação de quatro meses do plano de ajuda à Grécia, obtido na sexta-feira (20), após muita negociação em Bruxelas, é um dos principais temas nos jornais. A cerimônia do César, o principal prêmio do cinema francês, também ganhou destaque na imprensa.

A personalidade "arrogante" do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, teria tornado as negociações em Bruxelas ainda mais difíceis, segundo a imprensa francesa.
A personalidade "arrogante" do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, teria tornado as negociações em Bruxelas ainda mais difíceis, segundo a imprensa francesa. AFP PHOTO/JOHN THYS
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Com a manchete “Um acordo sem confiança entre Bruxelas e a Grécia”, o jornalLe Monde que chegou às bancas na tarde deste sábado explica que mesmo se a prorrogação do plano de ajuda foi confirmada, a negociação, que levou três semanas, foi dura, principalmente por causa da falta de experiência do novo governo grego. Além disso, comenta o vespertino, a Grécia ainda deve apresentar aos credores, na segunda-feira, a lista de reformas que o país pretende aplicar.

O jornal também ressalta que a personalidade do ministro grego das Finanças, Yanis Varoufakis, qualificada de arrogante pelo Le Monde, não foi bem aceita pelos demais ministros europeus. O vespertino diz até que, para muitos negociadores, o comportamento agressivo do ministro grego atrapalhou as discussões.

Le Figaro escreve que há um problema de confiança principalmente entre Berlim e Atenas. Mas o jornal explica que esse ceticismo existe desde o inicio da crise, em 2010. Na época, a Alemanha já hesitava em ajudar a Grécia, acusando o país de ser o único responsável pela situação de suas contas. A chanceler Angela Merkel só aceitou ajudar os gregos para impedir a implosão da zona de Euro. Resultado : a Alemanha, principal potência europeia, se tornou o maior credor de Atenas, comenta Le Figaro. Agora, quatro anos depois, a Grécia continua em crise.

Timbuktu é a estrela do César

Poucas horas antes da 87ª edição do Oscar, em Los Angeles, em Paris foi celebrada a 40ª edição do César, principal prêmio da sétima arte no pais. O diário Le Figaro deu destaque em sua capa ao triunfo do filme Timbuktu, que conquistou sete prêmios, inclusive o de melhor filme. A história de um vilarejo do Mali que cai nas mãos de extremistas islâmicos, que estreou bem antes dos atentados terroristas de janeiro em Paris, conquistou o público. Para Le Figaro, o filme de Abderrahmane Sissako, que saiu do festival de Cannes de mãos vazias no ano passado, ganhou força em parte graças ao contexto atual.

Mesmo tom do lado do vespertino Le Monde, que fala de um triunfo para Timbuktu, mas também para a juventude, já que os prêmios de melhor ator e atriz foram para dois jovens de 25 anos. Melhor atriz foi para Adèle Haenel, revelação do ano passado e que ganhou o César este ano por sua atuação em Les Combatents, e melhor ator para Pierre Niney, por sua interpretação do costureiro Yves Saint Laurent, em uma das biografias do mestre da alta costura.

Já o jornalAujourd’hui en France se interessou pela jovem Louane Emera, que ganhou o César de revelação feminina graças ao filme La Famille Béllier. O tablóide lembra que a atriz se tornou conhecida graças à versão francesa do programa The Voice. O que a ajudou a compor o personagem da adolescente, filha de pais surdos, que descobre um talento vocal raro.

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