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Ucrânia/Rússia

Ucrânia denuncia mais violações de cessar-fogo no leste do país

Apesar da instauração de um cessar-fogo, a violência continua no leste da Ucrânia. O exercito ucraniano relatou nesta quinta-feira (19), pelo menos 46 ataques de artilharia e mísseis em Marioupol, grande cidade portuária. Isso um dia após os rebeldes pró-Rússia terem expulso milhares de soldados da estratégica cidade de Debaltseve, importante entroncamento ferroviário. A Rússia começou envio de gás para região controlada por rebeldes.

Tanques separatistas se dirigem de Vuhlehirsk para Debaltseve, no leste da Ucrânia, 18/02/2015
Tanques separatistas se dirigem de Vuhlehirsk para Debaltseve, no leste da Ucrânia, 18/02/2015 REUTERS/Baz Ratner
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Milhares de tropas ucranianas sitiadas se retiraram da cidade na quarta-feira, numa das piores derrotas do governo de Kiev na guerra de dez meses que já matou mais de cinco mil pessoas. Os disparos de artilharia ainda eram ouvidos em Debaltseve hoje e os militares ucranianos disseram que seus soldados estavam sob fogo rebelde em outras partes.

Moscou começou hoje a enviar gás ao leste da Ucrânia controlado por rebeldes, depois que o governo central de Kiev interrompeu temporariamente o fornecimento por causa de “extensos danos na rede de transporte de gás”.

Ajuda humanitária

A disputa em torno das remessas e do preço do gás russo destinado à Ucrânia tem estado no centro de um impasse mais amplo entre os dois ex-Estados soviéticos. O primeiro-ministro russo, Dimitri Medvedev, ordenou o fornecimento a título de ajuda humanitária. O presidente executivo da estatal Gazprom, Alexei Miller, disse que as remessas de gás chegavam a 12 milhões de metros cúbicos por dia.

A Rússia rejeitou o pedido do governo de Kiev para o envio de tropas de paz da ONU ao leste da Ucrânia, afirmando que a base para a resolução do conflito com os rebeldes pró-Moscou na região deve ser o acordo assinado em Belarus.

O presidente ucraniano, Petro Poroshenko, pediu o envio de tropas da ONU para monitorar o frágil cessar-fogo. Os rebeldes pró-Rússia responderam que a proposta romperia o acordo de paz.

A diplomacia francesa indica que nos próximos dias poderá ser organizada em Paris uma reunião para que os problemas constatados não enterrem definitivamente o acordo de Minsk . "As próximas semanas serão cruciais", avaliou uma fonte do Palácio do Eliseu em entrevista à agência France Presse.
 

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