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Linha Direta

Personagens femininas fortes marcam filmes do Festival de Berlim 2015

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Começa nesta quinta-feira (5) o Festival de Berlim, a Berlinale, que chega neste ano à sua 65ª edição. O evento é uma das três premiações mais importantes do cinema, ao lado dos festivais de Cannes, na França, e de Veneza, na Itália. Dezenove filmes concorrem ao Urso de Ouro, prêmio máximo do festival. De hoje até o dia 14, devem aparecer no tapete vermelho cineastas importantes, como Werner Herzog, Benoît Jacquot e Peter Greenaway mostrando seus novos longas, além, é claro, de estrelas como Natalie Portman, James Franco e Léa Seydoux. E hoje, já no primeiro dia, é Juliette Binoche quem vai apresentar o primeiro filme em competição.

As atrizes Juliette Binoche (à esq.) e Rinko Kikuchi, em cena de "Ninguém Quer a Noite", de Isabel Coixet, que abre o festival.
As atrizes Juliette Binoche (à esq.) e Rinko Kikuchi, em cena de "Ninguém Quer a Noite", de Isabel Coixet, que abre o festival. DR
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Bruno Ghetti, de Berlim, especial para RFI Brasil

O longa que inaugura a disputa pelo Urso de Ouro é “Nadie Quiere la Noche” [Ninguém Quer a Noite], dirigido pela espanhola Isabel Coixet. É um filme de época, que traz Juliette Binoche no papel de uma mulher que faz uma viagem perigosa rumo ao Polo Norte atrás do marido. Binoche, como você disse, está em Berlim para apresentar o filme. Ela que sempre é uma concorrente forte nos festivais de que ela participa – é um dos casos raros de atriz que já ganhou prêmios em Berlim, Cannes e Veneza – além, é claro, do Oscar por “O Paciente Inglês”. Mas é bom lembrar que o festival deste ano está forte em filmes com protagonistas femininas. Há também uma grande expectativa diante das atuações de atrizes como Natalie Portman, Nicole Kidman, Charlotte Rampling e Léa Seydoux – todas elas também presenças aguardadas no tapete vermelho de Berlim.

Diretores famosos

Alguns cineastas de grande prestígio em festivais vão apresentar seus novos filmes por aqui. O americano Terrence Malick, que ganhou a Palma de Ouro em Cannes por “A Árvore da Vida”, compete com “Knight of Cups”, em que Christian Bale vive um roteirista de cinema. O alemão Werner Herzog apresenta “Queen of Desert”, em que Nicole Kidman interpreta uma aventureira britânica no Oriente Médio e Robert Pattinson é Lawrence da Arábia. O cineasta iraniano Jafar Panahi, em prisão domiciliar no Irã desde 2010 por subversão, compete pelo filme “Táxi”, mostrando que a reclusão não o impede de continuar criando. E o britânico Peter Greenaway revisita a vida de Sergei Eisenstein, um dos maiores cineastas da história, narrando a época em que ele viveu no México, no filme “Eisenstein in Guanajato”.

E tem uma refilmagem francesa que também está sendo muito aguardada. É “Journal d’une Femme de Chambre”, que agora ganha uma nova versão, pelas mãos de Benoît Jacquot. O filme se baseia na obra de Octave Mirbeau, que já foi adaptada outra duas outras vezes, em versões muito diferentes, por duas lendas do cinema: Jean Renoir, nos anos 40, e Luís Buñuel, na década de 60. Independentemente da qualidade do filme, uma coisa já ficou clara: Jacquot é mesmo um homem corajoso.

Brasil em Berlim

Desta vez o Brasil não disputa prêmios. Mas Berlim tem boas relações com nosso cinema, então quatro longas nacionais serão apresentados na segunda mostra mais importante, a Panorama. Inclusive, o filme de abertura é brasileiro: “Sangue Azul”, dirigido por Lírio Ferreira. Os outros filmes nacionais são “Ausência”, drama intimista dirigido por Chico Teixeira, a comédia “Que Horas Ela Volta?”, de Anna Muylaert, que recebeu elogios no festival de Sundance, e “Jia Zhang-ke, um Homem de Fenyang”, documentário de Walter Salles sobre o prestigiado cineasta chinês que dá nome ao filme.
 

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