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Atentados de Paris deram origem a teses conspiratórias

As diversas teorias conspiratórias que surgiram logo após os atentados terroristas de Paris ganharam destaque na imprensa francesa desta quarta-feira (21) juntamente com a expectativa do anúncio de novas medidas do governo na luta antiterrorista.

Capa do jornal  francês Liberation desta quarta-feira 21 de janeiro de 2014.
Capa do jornal francês Liberation desta quarta-feira 21 de janeiro de 2014.
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Tratadas até então com pouco destaque pela imprensa, as teses conspiratórias dos ataques recentes em Paris ganharam a manchete do jornal Libération. Enquanto milhares de pessoas ainda estavam em choque, após as primeiras informações e imagens dos atentados contra o jornal Charlie Hebdo, outras já começavam a difundir suas próprias interpretações fantasiosas dos fatos que abalaram a França e o mundo, de acordo com o jornal.

As teorias conspiratórias surgiram rapidamente e ganharam visibilidade nas redes sociais e em sites especializados. O jornal faz uma lista de vários exemplos de teorias que se espalharam na rede sem fundamentos. Entre elas, o fato de que um dos irmãos Kouachi teria "esquecido" intencionalmente sua carteira de identidade no carro durante a fuga, o que facilitou sua identificação.

O Libération lembra que os autores do ataque contra o Charlie Hebdo estavam sendo perseguidos pela polícia e até bateram o carro. Além disso, amostras de DNA também confirmaram a identidade dos irmãos Kouachi, lembra o jornal, refutando a tese de uma armação.

Especialistas entrevistados pelo Libération explicam que teses de complô ganham força porque parte da população sempre desconfia das versões oficiais, como se elas tivessem o objetivo de esconder alguma coisa.

Novas medidas antiterroristas

A França está no momento de escolher que novas medidas vão fazer parte de um verdadeiro arsenal antiterrorista, escreve Le Figaro. O jornal conservador lista uma série de propostas com as quais políticos, tanto de direita quanto de esquerda, parecem estar de acordo.

Entre elas estão a retirada da nacionalidade francesa para os envolvidos com o islamismo radical, o isolamento dos extremistas nas prisões e o reforço no sistema de escutas e monitoramente de suspeitos.

Em editorial, Le Figaro defende que "nada pode ser negligenciado para garantir a segurança do povo francês". As medidas a serem anunciadas nesta quarta-feira pelo primeiro-ministro Manuel Valls devem ser claras e bem definidas "porque é a liberdade dos franceses que está em jogo".
 

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