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África/Terrorismo

Chade envia militares para lutar contra o Boko Haram na Nigéria

Um coluna de vários blindados do Chade deixou nesta sexta-feira (16) a capital N'Djamena em direção ao sul do país para se juntar aos Camarões e participar da luta contra o grupo islâmico Boko Haram. O presidente francês, François Hollande, e o chefe da diplomacia americana, John Kerry, consideraram os recentes massacres cometidos pelo movimento extremista como "crimes contra a humanidade".

Foto de novembro de 2014 diante de uma base militar no norte dos Camarões. O veículo de um membro do Boko Haram foi destruído durante o ataque do grupo radical.
Foto de novembro de 2014 diante de uma base militar no norte dos Camarões. O veículo de um membro do Boko Haram foi destruído durante o ataque do grupo radical. AFP PHOTO/REINNIER KAZE
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A coluna de blindados chadianos se dirige para Bongor, região na qual os soldados poderiam atravessar a fronteira com os Camarões e se dirigir ao oeste para chegar à fronteira nigeriana onde o Boko Haram é muito ativo. Segundo uma fonte próxima dos militares, a movimentação já teria começado na noite de quinta-feira (15).

A Assembleia Nacional do Chade autorizou na manhã desta sexta-feira, por unanimidade, o envio de soldados do país para os Camarões e para a Nigéria para lutar contra o grupo Boko Haram. O presidente chadiano, Idriss Deby, anunciou a disposição de retomar o controle da cidade de Baga, cidade nigeriana nas margens do lago Chade, que caiu nas mãos dos radicais do movimento islâmico em janeiro.

Na mensagem enviada aos deputados, Deby indicou que as ações dos soldados serão feitas juntamente com os países membros da CBTL, Comunidade da Bacia do lago Chade que reúne também o Níger, a Nigéria, e os Camarões.

"A liberação da cidade, que constitui o epicentro das trocas comerciais e econômicas, é indispensável para a retomada do tráfego e da circulação de moradores e mercadorias com toda segurança", afirmou o chefe de Estado.

Na véspera, o presidente camaronês, Paul Biya, agradeceu o seu homólogo chadiano pelo gesto. Nas últimas semanas, o Boko Haram tem multiplicado seus ataques visando o extremo norte dos Camarões. O país então comemora o envio de reforço na luta contra o islamismo radical.

Crimes contra a humanidade

Na quinta-feira (15), o chefe da diplomacia americana, John Kerry, declarou que os massacres promovidos recentemente pelo Boko Haram na Nigéria são "um crime contra a humanidade".

Nesta sexta-feira, durante um discurso para os representantes diplomáticos estrangeiros em Paris, o presidente francês, François Hollande, também se referiu aos massacres cometidos pelo movimento radical como "um verdadeiro crime contra a humanidade", e fez um apelo para uma responsa "coletiva" e "firme" contra o terrorismo.

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